PLANANDO NA TERRA REDONDA

As (minhas) sete Maravilhas do Mundo

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Após mais de uma década de viagens, que incluíram visitas às sete Maravilhas do Mundo, selecionei os destinos que são, para mim, autênticos “tesouros”. É com esta seleção que inicio esta rubrica sobre as minhas viagens, aqui no PÁGINA UM: com uma “espreitadela” às “minhas” sete Maravilhas do Mundo. De seguida, inicio um ciclo de artigos, mais concretamente um Diário de Bordo. O destino? Um dos meus destinos de sonho: Árctico.


Foram os serões em família, à volta de um globo terrestre, e as conversas sobre as Maravilhas do Mundo, que me levaram a ter sempre estes lugares no pensamento.  

Falámos em Maravilhas do Mundo e, inevitavelmente, lembrámos Marco Polo e as suas aventuras a caminho do Oriente. Mas não foram estas as maravilhas que despertaram a minha atenção de criança curiosa. Foram os Jardins suspensos da Babilónia. Olhava deslumbrada para o livrinho ilustrado destes lugares e não conseguia imaginar maior beleza.  

Egipto

A grande pirâmide do Egipto – mais do que ser uma obra magistral de engenharia – está envolta em todo o mistério relacionado com a sua construção e utilidade.  

O Colosso de Rodes! Tive alguns pesadelos, imaginando a grande estátua a ganhar vida quando chegava perto dela. Foram muitas as viagens imaginárias que fiz até estes lugares em criança. Quando já adulta, a vontade de viajar me invadiu (sim, as viagens invadem não pedem licença e não conseguimos dizer que não), defini um início, um caminho para as minhas viagens: conhecer as sete maravilhas do Mundo Moderno.  

Foi em 2009 que comecei a minha epopeia com a visita ao Corcovado, no Rio de Janeiro. É a Maravilha que nos protege, que nos esmaga com o seu símbolo de fé.  

Em 2010, visitei o Coliseu de Roma, a Maravilha que nos dá um murro no estômago quando visualizamos as arenas, o derramar sangue e o tirar vidas por pura diversão. Em 2012, cheguei a Chichen itzá, a Maravilha que simboliza a força do império Maya, e o seu El Castillo, a perfeição de um calendário.  

Em 2015, cheguei, pela primeira vez a Petra, a rainha das sete Maravilhas, a cidade Rosa que nos permite viajar no tempo.  

Petra, Jordânia

Em 2016, cheguei à Grande Muralha da China. Milhares de quilómetros fazem desta a maior muralha existente neste Mundo. É a Maravilha que simboliza o esforço e o trabalho de tantas pessoas que ergueram esta muralha sem fim. Também em 2016, perdi o fôlego com a beleza do Taj Mahal, na Índia, a Maravilha que simboliza o amor, a beleza e a riqueza. Em 2017, cheguei ao topo de Machu Pichu, um lugar místico do Império Inca, que nos invade com uma paz e tranquilidade sem igual.   

São sete Maravilhas porque o número sete simboliza a totalidade, a perfeição, a consciência, o sagrado e a espiritualidade, os elementos presentes em todos, e em cada um, destes sete incríveis lugares espalhados pelo Mundo.  

Findo este projeto, de visitar as sete Maravilhas do Mundo Moderno eleitas, decidi visitar a única maravilha que restava das Maravilhas do Mundo Antigo: a Grande Pirâmide do Egipto, onde cheguei em 2019.  

Acredito que está longe do seu aspeto deslumbrante de outrora, mas é, sem dúvida, uma maravilha que tem de ser contemplada num percurso completo dos lugares a visitar neste mundo. Egito é um portal de energia sagrada.  

Jaipur, capital do Rajastão, Índia

Em 2020, com meio mundo percorrido decidi, compilar as minhas 7 Maravilhas do Mundo, por ordem de deslumbramento:  

1 – Petra na Jordânia

2 – Machu Pichu no Peru;  

3 – Bagan no Myanmar;  

4 – Rajastão na Índia;  

5 – As Pirâmides do Egito;  

6 – Angkor Wat e os templos do Camboja;  

7 – A Ilha de Kalsoy nas Ilhas Faroé;  

Hoje, com uns intensivos 10 anos de viajante, continuo a deslumbrar-me com quase tudo o que visito e com as maravilhas que vou conhecendo, ficando sempre grata por cada viagem que concretizo, pois, o importante é ir ver o Mundo, viajar, explorar e descobrir. Regressamos sempre mais ricos do que quando partimos.  

Para se visitar as 7 Maravilhas do Mundo – ou qualquer outro destino – convém estar-se informado sobre quais as melhores alturas do ano para o fazer.

Para visitar o Corcovado, a melhor altura é entre Abril e Novembro, enquanto que para se conhecer Petra, é melhor apontar para o período entre Abril e Maio.   

No caso de Chichén Itzá, deve marcar-se a viagem para o período Dezembro e Março.

Os meses de Setembro e Outubro são os ideais para se visitar três maravilhas: Machu Pichu, Coliseu de Roma e Taj Mahal. Para conhecer esta terceira maravilha, pode ainda optar pelos meses de Março e Abril.

Para visitar a Grande Muralha da China, as melhores alturas do ano são entre Março e Maio e entre Setembro e Novembro.

Raquel Rodrigues é gestora, viajante e criadora da página R.R. Around the World no Facebook e no Instagram.

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