Estátua da Liberdade

Os vilões da pandemia

Statue of Liberty in New York City under blue and white skies

por Luís Gomes // Fevereiro 14, 2023


Categoria: Opinião

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No final da semana passada fomos presenteados com mais uma acção de propaganda do regime, desta vez a inauguração de duas esculturas com fraldas faciais esburacadas a tapar as faces e cabeças ocas, talvez a denunciar a inexistência de massa encefálica. Segundo nos informam, servem para homenagear os “Heróis da Pandemia”.

Talvez seja o símbolo perfeito dos idiotas-úteis que ao longo de três anos foram zombados, extorquidos, manietados e que entregaram os seus corpos a experiências médicas sem paralelo na História da Humanidade.

Esculturas “Heróis da Pandemia”, inauguradas na sexta-feira passada em Lisboa.

O evento contou com a presença de excelsas figuras da Pátria, com destaque para o bastonário da Ordem dos Médicos, que referiu ser uma forma de reconhecer o trabalho dos médicos. De onde sacou tal ideia, já que em 2020 e 2021 tivemos hospitais com taxas de ocupação consideravelmente inferiores aos anos anteriores? Talvez tenham trabalhado a partir de casa, quem sabe…

Já podemos adivinhar quem pagou ao mestre Rogério Abreu: a milionária Ordem dos Médicos ou talvez a conta pessoal do seu bastonário, que, como todos sabemos, recebe chorudos donativos das farmacêuticas; tudo é possível, pois o dinheiro abunda por aquelas paragens e durante a “pandemia” mais abundou.

Após três anos de atropelos aos mais elementares direitos dos cidadãos, de ruína da Economia – falência de pequenos negócios e a inflação mais elevada dos últimos 30 anos –, de mortalidade excessiva por explicar, de negócios milionários para farmacêuticas e laboratórios de análises clínicas, o regime continua a subsidiar canais de propaganda para que estes cancelem qualquer voz dissidente, recorrendo ao estafado insulto: “negacionista da pandemia”!

Recordemo-nos que tudo isto começou com a simulação de uma pandemia em Outubro de 2019, o evento “Event 201 Pandemic Exercise” organizado pela Universidade Johns Hopkins Center for Health Security e patrocinado pelo Fórum Económico Mundial e a Fundação Bill & Melinda Gates.

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Em Janeiro de 2020, aparentemente os chineses caíam repentinamente nas ruas aos milhares ou às centenas de milhares, depois de terem andado a comer sopa de morcego, a origem “oficial”, até hoje, do vírus SARS-CoV-2. Hoje, tudo parece indicar o laboratório chinês de Wuhan como o principal suspeito, mas na altura a propaganda cancelava quem se atrevesse a dizer o contrário.

Logo em 2020, o professor John Ioannidis, um dos mais citados epidemiologistas do Mundo – ao contrário dos putativos especialistas que pulularam pelos canais de propaganda –, dizia-nos que a taxa de mortalidade por infecção era apenas 0,23%, ou seja, uma taxa de sobrevivência de cerca de 99,8%, algo semelhante à gripe. Apesar da Ciência, os nossos Governos decidiram fechar-nos em casa.

A decisão de confinar populações inteiras nada teve de científico; em 2006, o artigoDisease mitigation measures in the control of pandemic influenza” dizia-nos o seguinte:

  • Não há observações históricas ou estudos científicos que apoiem o confinamento por quarentena de grupos de pessoas possivelmente infectadas por períodos prolongados, a fim de retardar a propagação da gripe”;
  • O interesse pela quarentena reflecte as visões e condições prevalecentes há mais de 50 anos, quando se sabia muito menos sobre a epidemiologia de doenças infecciosas e quando havia muito menos viagens internacionais e domésticas num mundo menos densamente povoado”;
white textile on white table
  • É difícil identificar circunstâncias no último meio século em que a quarentena em larga escala foi efectivamente usada no controle de qualquer doença”;
  • As consequências negativas da quarentena em grande escala são tão extremas (confinamento forçado de pessoas doentes; restrição completa de movimento de grandes populações; dificuldade em fornecer suprimentos, remédios e alimentos essenciais para pessoas dentro da zona de quarentena) que essas medidas de mitigação devem ser eliminadas de considerações sérias.”

Eles sabiam que estavam a cometer um crime, mas, mesmo assim, decidiram cometê-lo, anunciando-nos da primeira vez que iria durar apenas 15 dias, com o simples propósito de “achatar a curva”! A coisa, como sabemos, terminou em intermináveis meses com a malta na caverna.

Fecharam uma sociedade inteira, proibindo a escola presencial às crianças, quando apenas os idosos estavam a ser afectados pela doença: mais de 85% tinham uma idade igual ou superior a 70 anos, com a propaganda a imputar tal desgraça sobre as crianças!

Distribuição dos óbitos por covid-19 em Portugal até 17 de Novembro de 2021 por grupo etário. Em termos proporcionais, a situação não se alterou até à actualidade em que se registam, oficialmente, 26.059 óbitos atribuídos à covid-19 Fonte: DGS. Análise do autor.

Para os “matar de vez”, os lares foram transformados em estabelecimentos prisionais, onde as visitas tinham de “respeitar” o sacrossanto “distanciamento social”, através de acrílicos por todas as partes – na altura o ambiente foi enviado às malvas –, tornando a vida dos idosos um autêntico “inferno”, talvez com o objectivo de os eliminar pela demência e loucura.

Em paralelo, as contagens de mortos eram ininterruptas nos canais de propaganda, chegando, por vezes, a serem medidas em quedas de aviões Airbus, com o detalhe de nunca sabermos exactamente se era “de covid” ou “com covid”; tudo era enfiado no mesmo saco, com um único propósito: criar o pânico e o terror sobre a população.

Seguidamente, vieram as fraldas faciais, a única forma de nos deixarem sair de casa em “segurança”, apesar da Ciência, desde o início, em Março de 2020, afirmar exactamente o contrário: de que eram “uma falsa sensação de segurança”. E eram! Logo em Dezembro de 2020, a insuspeita Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmava:

  • Actualmente, são limitadas e variáveis as evidências científicas que corroboram a eficácia do uso de máscaras por pessoas saudáveis na comunidade com o intuito de prevenir a infecção por vírus respiratórios, incluindo SARS-CoV-2;
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  • Um grande estudo randomizado, de base comunitária, no qual 4.862 participantes saudáveis foram divididos em um grupo que usou máscaras cirúrgicas e um grupo de controle, não encontrou diferença na taxa de infecção pelo SARS-CoV-2”;
  • Uma recente revisão sistemática encontrou nove estudos (dos quais oito foram estudos randomizados e controlados com aglomerados, nos quais grupos foram randomizados em comparação a indivíduos) que compararam o uso de máscaras cirúrgicas com o não-uso de máscaras para prevenir a disseminação de doenças respiratórias virais. Dois estudos foram realizados com trabalhadores da saúde, e sete em comunidades. A revisão concluiu que o uso de máscaras pode fazer pouca ou nenhuma diferença na prevenção de síndrome Gripal ou influenza confirmada laboratorialmente; o nível de certeza das evidências foi baixo para síndrome gripal e moderado para influenza confirmada laboratorialmente.”

Mas a propaganda foi tal que assistimos a indivíduos isolados na rua, ou sozinhos a conduzir um carro, com duas fraldas faciais, ou mesmo idiotas-úteis da propaganda a revelar que dormiam com a fralda facial! O importante era manter uma atmosfera de psicose colectiva, de que havia uma terrível “pandemia” que nos ia matar a todos.

Até tivemos o prócere máximo da Ordem dos Médicos, a oferente das “magnificentes” esculturas, a apelar em missas diárias de propaganda ao uso permanente do “instrumento de protecção individual – referia-se à fralda facial!

three clear beakers placed on tabletop

É natural; ele conhecia em detalhe os fornecedores de fraldas faciais, seus amigos seguramente, dado que lhes enviou umas facturas falsas em nome da Ordem dos Médicos, tudo, claro está, em nome de uma campanha pelo bem – houve dinheiro e negócios sem fim nestes últimos três anos, talvez por isso estejam tão saudosos e lacrimejantes pelo seu fim!

Recentemente, a ciência das fraldas faciais foi novamente confirmada: “Usar máscara na comunidade faz provavelmente pouca ou nenhuma diferença relativamente a ter-se (ou deixar-se de ter) doença (grau moderado de evidência), em comparação com não usar máscara”. Apesar de tudo, o circo mantém-se em serviços de saúde, talvez para não nos fazer esquecer que “existe uma pandemia”!

Chegámos assim a etapa final do golpe, para terminar com tudo isto, confinamentos e fraldas faciais, a inoculação de uma substância experimental no nosso corpo – administrada com autorização emergencial, pois não haviam tratamentos alternativos! – seria o regresso “à normalidade”.

A propaganda aqui atingiu o zénite: “inocula-te para proteger os outros” – atenção, não era para a pessoa proteger-se –, “queres ir à discoteca, chegou agora a tua vez”, “vem, até temos música para receber-te”. Em paralelo, tínhamos os próceres do regime, cujo único emprego é viver de cobrança coerciva ou a comentar banalidades, a apelar às virtudes e benefícios da “inoculação salvífica”!

person in white gloves holding white plastic bottle

Para os renitentes, a suprema intimidação, a suprema chantagem. Veio o certificado nazi. A premissa era de que os vacinados não transmitiam nem eram infectados; mais tarde, e como sempre nesta tragédia, descobrimos que era a mais despudorada mentira.

Assim, os que não cederam a esta inqualificável intimidação, que ainda acreditavam que quem mandava no seu corpo eram elas mesmas e não o Estado, eram ostracizadas, humilhadas e segregadas em diversos locais públicos. O opróbrio veio dessa infame expressão: “a pandemia dos não-vacinados”!

E quais são os resultados de tudo isto? Felizmente, tivemos o “placebo” Suécia, o único país liderado por um cientista de verdade – ao contrário dos putativos especialistas que circulavam pelos canais da propaganda –, que permitiu que a sociedade continuasse a viver uma vida normal: sem distanciamento, sem fraldas faciais.

Recorrendo ao Eurostat (aqui está para o Excel para quem tem dúvidas) e analisando os óbitos para o grupo etário com idade igual ou superior a 80 anos – o mais afectado pela “pandemia” –, podemos constatar que a Suécia é o único país com uma mortalidade em tendência descendente no triénio 2020-2022 face ao triénio 2019-2022.

Óbitos por 10 mil habitantes para os anos 2017-2022 do grupo etário com idade igual ou superior a 80 anos (Nota: 50 primeiras semanas ISO de cada ano). Fonte: Eurostat. Análise do autor.

Por outro lado, e ao contrário do afirmado pela propaganda, tanto em 2021 como em 2022, regista-se uma mortalidade muito inferior aos demais países nórdicos – os únicos que, segundo a propaganda, eram comparáveis!

Analisando a média de óbitos por 10 mil habitantes para o mesmo grupo etário, em particular comparando o triénio 2020-2022 vs. 2017-2019, podemos constatar que a Suécia apresenta o melhor desempenho, com uma queda de 34 óbitos por 10 mil habitantes, uma vez mais melhor que os demais países nórdicos – nem vale a pena falarmos do desastre Portugal.

Óbitos por 10 mil habitantes para a média 2017-2019 vs. media 2020-2022 do grupo etário com idade igual ou superior a 80 anos (Nota: 50 primeiras semanas ISO de cada ano). Fonte: Eurostat. Análise do autor.

Mas algo nos deixa perplexos: se as inoculações eram salvíficas, se a Suécia continuou a ter os seus hospitais e sistema de saúde a funcionar em normalidade – não teve nem consultas, nem diagnósticos, nem tão pouco cirurgias por realizar –, como nos explicam o brutal aumento da mortalidade em 2022 comparada com 2021? A excepção foi Portugal, mas, entretanto, a razia sobre os idosos já tinha sida feita.

No caso da Suécia, esta registou mais 7 óbitos por 10 mil habitantes do grupo etário com idade igual ou superior a 80 anos, enquanto países com um excelente desempenho histórico, como a Espanha e a França, tiveram uma subida expressiva. Os demais países nórdicos também registaram um desempenho desastroso!

Óbitos por 10 mil habitantes 2022 vs 2021 do grupo etário com idade igual ou superior a 80 anos (Nota: 50 primeiras semanas ISO de cada ano). Fonte: Eurostat. Análise do autor.

No grupo etário com idade entre 70 e 80 anos (os dois grupos mais atingidos pela “mortal pandemia”), também se regista uma subida da mortalidade em 2022 – excepção para os países que foram uma desgraça, como Grécia e Portugal, com a Suécia e a França a terem reduzidíssimas reduções.

Afinal se a miraculosa inoculação não serviu para reduzir a mortalidade, para que serviu? Para que serviu a inoculação em tudo o que mexia?

Óbitos por 10 mil habitantes para a média 2017-2019 vs. média 2020-2022 do grupo etário com idade entre 70 e 79 anos (Nota: 50 primeiras semanas ISO de cada ano). Fonte: Eursotat. Análise do autor.

Hoje sabemos: proporcionou um dos maiores negócios com dinheiros públicos da História da Humanidade. Tal como na União Europeia, o Estado português também não quer facultar os contratos com as farmacêuticas, sinal de que vivemos numa ditadura, em que o Estado sabe tudo sobre nós e não sabemos nada a seu respeito, onde o obscurantismo parece agora reinar. A propaganda teima em não pedir explicações!

Não é surpresa tais esculturas. Os seus promotores foram felizes durante estes últimos três anos, protagonismo e negócios chorudos, é natural!

Que tal fazermos uma homenagem a tais personagens, intitulada: “O vilões da pandemia!”

Luís Gomes é gestor (Faculdade de Economia de Coimbra) e empresário


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