No 16º episódio de Que nos salves, São Francisco de Sales, o padroeiro dos jornalistas, Pedro Almeida Vieira faz uma resenha das críticas de jornalistas e opinion makers que zurziram nas medidas “fascistas” da nova lei do tabaco por ir contra o livre arbítrio e o direito de opções individuais. Mas onde estavam estas pessoas quando calaram ou até apoiaram medidas discriminatórias, segregacionistas, autoritárias e totalitaristas contra quem, legal e voluntariamente, optou por não se vacinar contra a covid-19, mesmo se tivesse imunidade natural garantida?
Onde estavam estes defensores da liberdade, que agora classificam a nova Lei do Tabaco como fascista, quando foi imposto um certificado digital sem razoabilidade epidemiológica, e quando os não-vacinados não podiam viajar, entrar em restaurantes, em espectáculos e em ginásios? Não andaram eles até a chamar negacionistas a torto e a direito? E afinal, tal como o fumador, o não-vacinado também, na pior das hipóteses, se prejudica a si próprio… e estava a exercer o livre arbítrio e o direito de escolha sem prejudicar os outros (porque nunca houve imunidade de grupo e o risco de transmissão era praticamente similar aos vacinados).
Esta gente que critica a Lei do Tabaco esteve calada antes porquê?