Estátua da Liberdade

A “pandemia” em (des)construção na imprensa (sur)real

Statue of Liberty in New York City under blue and white skies

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Há dias, os órgãos de propaganda fizeram regressar dos mortos o covid-19! Foi assim anunciada umaa ressurreição:  “Casos de covid aumentaram 80% a nível mundial, com a nova subvariante a dominar”, como bradou, por exemplo, o Diário de Notícias, a partir da Agence France-Presse (AFP).

Trata-se, como sempre, de uma nova variante, desta vez de seu nome Eris – criatividade para nomes não lhes falta! –, “descendente” da variante Ómicron. Reparem: isto já se tornou uma grande família, tipo família Addams – e até me admiro não haver ainda a variante Addams – em que uma ninhada de filhos e netos está sempre a aparecer. E sendo prometido que, invariavelmente, será mais terrível que as gerações anteriores – a cada descendência a coisa “melhora”!

yellow and black heavy equipment

Apesar de tudo, neste caso, não nos informam se o Eris é mais perigoso que o “vírus” original. E este tinha, feitas as contas, uma perigosidade inexpressiva para a maioria da população, segundo uma análise publicada no início deste ano na revista científica Environmental Research, que conta como co-autor com John Ioannidis, o epidemiologista mais citado do Mundo. De acordo com esta análise, a Taxa de Mortalidade por Infecção (IFR) da covid-19 durante 2020 – anterior às inoculações experimentais de manipulação genética – foi inferior a 0,1% para quem tinha menos de 70 anos, algo semelhante a uma gripe!

Atente-se: em nome de uma quase “constipação”, a classe política, coadjuvada pelos órgãos de propaganda falidos, e sem qualquer suporte científico, decidiu atropelar todos os nossos direitos constitucionais, decretando a nossa prisão domiciliária durante vários meses. Teria sido para aceitarmos de forma resignada o carácter salvífico de inoculações experimentais de manipulação genética que vinham a caminho?

Inevitavelmente, a parte mais hilariante do anúncio do regresso da covid-19 estava precisamente reservada para as inoculações experimentais. Para debelar o “flagelo Eris”, a propaganda fornecia-nos uma vez mais a miraculosa panaceia: “A vacinação continua a ser fundamental e a OMS considerou na quarta-feira como fundamental ‘intensificar os esforços para aumentar a cobertura da vacinação’. Embora as vacinas anticovid percam a eficácia com o tempo em relação aos contágios, continuam a funcionar como um meio de proteção. Para melhor adaptação às mutações do vírus, os grupos farmacêuticos Pfizer/ BioNTech, Moderna e Novavax estão a preparar vacinas direcionadas a esta nova variante, como recomendou a OMS na primavera.” Assim reza o já referido artigo do Diário de Notícias a partir da AFP.

An Abandoned Wooden House

Importa recordar os resultados dos ensaios clínicos destas “vacinas”, e em particular a mais famosa de todas: a Pfizer/ BioNTech. Felizmente, o público teve acesso a estes documentos, apesar do regulador norte-americano, a FDA, ter afirmado junto de um juiz de que necessitaria de 75 anos para os publicar! O que estariam eles a esconder?!

Nestes ensaios clínicos participaram 44.047 pessoas, em que 22.026 foram “vacinadas” e 22.021 receberam um placebo (ver página 43 do documento). Em torno de 55% tinham entre os 16 e os 55 anos e o restante (45%) mais de 55 anos (ver página 340 do documento).

Em primeiro lugar, a amostra destes ensaios clínicos não representava tão pouco a população que supostamente morria de covid-19, dado que mais de 85% tinha uma idade igual ou superior a 70 anos! A pergunta persiste: em nome de quem prenderam toda a população em casa?

E quais foram os resultados destas milagrosas “vacinas”? No grupo dos vacinados ocorreu uma morte por covid-19, enquanto no grupo placebo ocorreram dois óbitos covid-19 (ver página 219 do documento). Apesar de não ser possível retirar qualquer conclusão estatística (0,005% óbitos em 22 mil pessoas), é inevitável parodiar tal fracasso: são necessárias 22 mil inoculações para salvar uma pessoa de morrer da “terrível” doença covid-19.

Green 2-storey House

No caso de Portugal, com uma população de 10 milhões de pessoas, assumindo 100% de cobertura “vacinal”, salvar-se-iam 450 pessoas de uma morte “covid-19”! Atendendo ao custo destas inoculações para Portugal, cerca de 1,5 mil milhões de euros – estimativa por baixo –, significaria que cada vida “salva” da morte covid-19 custaria mais de 3,3 milhões de euros! Vale a pena? Se calhar valia mais a pena, se a ideia é “salvar o SNS”, isto é, os portugueses, encontrar médicos de família para os 1,6 milhões que não os têm… por suposta falta de recursos financeiros do Estado.

Voltando aos testes. Este desastre não se fica por aqui. Nos documentos dos ensaios clínicos, pode-se constatar que faleceram 15 pessoas no grupo vacinado e 14 no grupo placebo; no entanto, passados uns meses, a FDA veio-nos dizer que afinal não era bem assim: “Desde a Dose 1 até a data de corte, 13 de março de 2021, houve um total de 38 mortes, sendo 21 no grupo vacinado e 17 no grupo placebo”. A diferença passou de uma morte para quatro mortes desfavorável ao milagroso produto, igualmente uma conclusão sem qualquer relevância estatística – mas foi com isto que aprovaram a tal substância experimental.

Assim, assumindo mais uma vez uma cobertura “vacinal” de 100%, para Portugal representou um acréscimo de 1.800 óbitos face à opção de não vacinar ninguém; isto depois das farmacêuticas se terem enchido com 1.500 milhões de euros extorquidos directamente dos nossos bolsos. Brilhante: temos mais óbitos e menos 1.500 milhões de euros no bolso.

brown brick building on green grass field under blue sky and white clouds during daytime

Com estes dados, é no mínimo hilariante, para não dizer indecoroso, que os órgãos de propaganda continuem a promover tais produtos: será que estão comprados ou estão falidos e com medo? A pergunta é inevitável! Apesar de tudo, seguimos de mentira em mentira. Primeiro, evitavam a transmissão, justificando o passaporte nazi; no entanto, nunca compreendemos o medo dos “vacinados”, atendendo que estavam plenamente “protegidos”; o que temiam? Seriam negacionistas das vacinas? Depois, nunca tinham sido concebidas para evitar a transmissão!, mas apenas doença grave. No final, já todos podiam morrer de covid-19, apesar de “estarem vacinados”!

Para preparar a nova temporada de “vacinação”, neste caso a época 2023/2024, nada como continuar a incutir medo e terror à população; desta vez, a propaganda trouxe-nos o caso do homem com “covid longa” – uma nova doença! – que desenvolveu uma doença – outra! – que torna as “pernas azuis”! Atenção, eles têm a certeza que é da “covid longa” e não das inoculações experimentais; talvez porque se baseiam no famoso teste PCR, que segundo o seu inventor e prémio Nobel, Kary Mullis, é inapropriado para identificar uma infecção viral! Temos assim uma “terrível doença” identificada por um teste que “não identifica”!

Recado 1 – O buraco cada vez mais fundo em que se enterram os órgãos de propaganda teve nos últimos dias um novo episódio. Desta vez, tivemos o Dinheiro Vivo, propriedade do grupo Global Media e que deu um calote ao Estado de 7 milhões de euros só no último ano, a dizer-nos que a dona da CNN Portugal, a Media Capital, passou de lucro a um prejuízo colossal. É como o nu a falar do roto!

black and gold sewing machine

Recado 2 – A cereja no bolo: a agência de propaganda do Estado deu-nos a notícia dos resultados das eleições na Argentina. Foi assim: “Populista de extrema-direita e admirador de Trump vence primárias na Argentina.” Esta gente sabe o que é extrema-direita? Recordemo-nos de uma máxima de Mussolini: “Tudo no Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado”.

O que anuncia Javier Milei, o candidato mas votado nas eleições primárias realizadas na Argentina no último 13 de Agosto? Acabar com a casta parasitária e inútil. Terminar com o modelo de castas, baseado nos direitos positivos, como, por exemplo, o “direito à habitação”, que significa que alguém tem de ser confiscado para que outro possa ter uma casa. Terminar com a ideologia da “justiça social”, que implica um tratamento desigual do cidadão perante a lei, precedida de um roubo. Acabar com a pesada carga tributária e regulação excessiva, que apenas serve para enriquecer a casta parasitária e destruir a iniciativa dos cidadãos.

Perante estas ideias, por que razão se lança o inevitável anátema da “extrema-direita” a qualquer promotor da liberdade? Javier Milei responde-nos: o respeito pelo projecto de vida do próximo, baseado no princípio da não agressão, a defesa da vida, da liberdade e da propriedade privada, são ideias que terminam com o modelo de roubo dos políticos e com os profissionais da mentira. Eu acrescento: terminam com as mentiras dos órgãos de propaganda falidos!

Luís Gomes é gestor (Faculdade de Economia de Coimbra) e empresário


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