O V Congresso dos Jornalistas teve hoje o seu último dia de trabalhos, dedicado aos novos desafios da profissão, à extrema direita, à inteligência artificial e à regulação dos media, tendo havido lugar também à votação de 25 moções. Este congresso foi um evento duplamente público: teve inscrições para jornalistas e não-jornalistas, realizando-se num espaço (Cinema São Jorge, em Lisboa) pertencente à Câmara Municipal de Lisboa desde 2001. A organização exigiu um pagamento para ser realizada a cobertura noticiosa, uma decisão inédita num evento público, com a anuência do regulador dos media. Perante um evento onde a organização coloca condições monetárias para acesso às fontes de informação, o PÁGINA UM decidiu divulgar, em texto e imagem, aquilo que de mais relevante considera dever ser noticiado sobre os temas agendados, dedicando hoje um destaque às moções.
MOÇÕES
Filipe Santa-Bárbara, Joana Carvalho Reis e Sara de Melo Rocha: “As nossas redações espelham a diversidade do país? Não, e temos de falar sobre isso”
João Miguel Rodrigues: “Pelo Fotojornalismo em Portugal”
Sofia Craveiro: “Pela rejeição da desinformação e do clickbait expressas no Código Deontológico”
Filipe Teles e Micael Pereira: “In Vino Veritas”
Carlos Camponez e Orlando César: “120 jornalistas e trabalhadores dos media mortos no mundo, em 2023 — 95 foram mortos deste 7 de outubro de 2023 na guerra em Gaza”
Orlando César: “Sobre o ecossistema dos media e a deontologia”
Luís Filipe Simões, Diana Andringa, Pedro Coelho e Sofia Branco: “Jornalista do Jornal Expresso foi agredido na Universidade Católica”
Nuno Domingues: “Sobre preservação da memória audiovisual e digital”
Isabel Nery: “Pela saúde mental dos jornalistas”
Nuno Viegas: “Pela anonimização de quem comete crimes ou é deles vítima”
Nuno Viegas: “Por um registo de interesse público de jornalistas”
Sofia Branco: “Por um jornalismo ético – pelo sim e pelo não”
Ruben Martins: “Não pode ser negado ao jornalista em período de estágio a possibilidade de assinar as suas peças”
Sindicato dos Jornalistas: “Voto de louvor aos jornalistas da GMG”
Sindicato dos Jornalistas: “Transparência de investidores”
Sindicato dos Jornalistas: “Pelo que os jornalistas reivindiquem para si os dividendos das grandes plataformas digitais”
Sindicato dos Jornalistas: “Greve geral”
Luiz Humberto Marcos: “Criação de uma estrutura de Missão que integre as entidades organizadoras”
Aline Flor: “Não há democracia – nem jornalismo – sem igualdade”
Conselho Geral do Sindicato dos Jornalistas: “O Estado que queremos”
Ana Luísa Rodrigues: “Greve geral de jornalistas”
Ricardo Cabral Fernandes: “O momento é aqui e agora”
Rui Nunes: “Solidariedade com os camaradas palestinianos”
João Duarte Soares: “Só os jornalistas podem defender o jornalismo”
Moção conjunta: Greve Geral
PÁGINA UM – O jornalismo independente (só) depende dos leitores.
Nascemos em Dezembro de 2021. Acreditamos que a qualidade e independência são valores reconhecidos pelos leitores. Fazemos jornalismo sem medos nem concessões. Não dependemos de grupos económicos nem do Estado. Não temos publicidade. Não temos dívidas. Não fazemos fretes. Fazemos jornalismo para os leitores, mas só sobreviveremos com o seu apoio financeiro. Apoie AQUI, de forma regular ou pontual.