Há muitas soluções para governar uma casa! Reduzir despesa ou aumentar eficiência nos rendimentos, trabalhar mais horas, rentabilizar o espaço onde se vive. Há uma criatividade, sobretudo na pobreza, que constrói soluções para a necessidade. Encontramos isso em África e na América do Sul, onde a segurança social quase não ajuda. Não vemos tanto os vendedores de rua e as multiplicidades mercantilistas na Europa e na América, onde o Estado Social reduz a rua como sustento.
Portugal é um país a meio de tudo. Tem Estado Social pobre. Tem gente muito pobre sem qualquer ambição, que se aguenta com os pagamentos-esmola a que damos nome de apoios sociais. E temos um desconhecido César Boaventura que tem património de mil milhões que lhe choveu nas contas. Não sabe como nem de onde. Já tínhamos muitos no passado, do BES e do BPN. Ninguém sabia como ficava rico.
Entretanto, dizer mal do Chega é o desporto demagógico do momento. O César Boaventura vale fundos de página apesar de representar tudo o que é incompreensível a quem trabalha. O Chega tem dezenas de comentadores constantes.
Se o próximo Governo reabrir as centrais a carvão do Pego e de Sines, recupera 6 mil milhões que pagamos a Espanha por energia a carvão… Estranha decisão do Governo da geringonça.
Se esse Governo reduzir a torrente de turismo que nos dilacera os preços das rendas e a habitação, não necessita aeroporto nenhum e trabalha para um sustentabilidade ecológica realmente contabilizável, e poupa oito mil milhões em obras públicas. Turismo é rendimento fácil e não garantido. Turismo é bom, mas está associado a paquetes e aviões altamente poluentes. Reduzir rendas e ter casas para os portugueses é bom.
Se o próximo Governo reduzir impostos e trouxer as empresas que preferem pagar na Holanda o IRC, recupera perto de 25 mil milhões de euros. O IRC elevado tem sido uma hemorragia de capitais.
Se o governo incentivar uma fiscalização à fuga fiscal recupera 20 mil milhões…
Dinheiro desbaratado pelo PS não falta!!
Se introduzir as parcerias público-privadas (PPP) na Saúde, apenas de onde as retirou, já melhora o desastre actual do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O regime populista e demagógico instalado decidiu que as frases feitas contra o Chega eram a música da vitória, mas a realidade é que ele parece estar a crescer. Cresce porque descobertas idiotas como Sebastião Bugalho, estranhos regressos como o de Relvas, ocupam espaço televisivo a denegrir com cegueira. Ventura apresentou medidas para Portugal que são como todas as outras, promessas! Não são vazias nem mentiras. Prometeu reverter a história do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Não duvido que o fará. Prometeu fiscalização dos que recebem benficios sociais. Não vejo mal nisso. Nunca disse que os terminava. Prometeu reduzir impostos e aumentar pensões. Fez o que fizeram todos os outros, só que a promessa do Partido Socialista (PS) não tem respaldo pelo acréscimo brutal de impostos nos últimos oito anos, pela redução brutal do poder de compra, mesmo que com aumentos de salários, e numa falsidade que é a chuva de contribuições de milhares de salários baixos que chegam de emigração em trânsito. Mas estão em trânsito até à consolidação burocrática. Parece que entraram 700 mil nos últimos cinco anos. Não estão cá!
Mas os Bugalhos não falam disto. Os comentários ao discurso de André Ventura no encerramento do congresso são uma das mais encenadas farsas da política portuguesa. Uma série de apoucadores da realidade dos factos. Ventura diz o mesmo que o bloco sobre o enriquecimento ilícito. Ventura diz o mesmo do Partido Social Democrata (PSD) sobre redução de impostos. E dizia mais barbaridades no passado que agora, já percebeu que não trazem vantagem competitiva. A realidade desgovernada chega para os portugueses estarem cansados e perdidos.
Nunca se fala da criminal destruição da democracia que foi ter um CDS com cem mil votos e sem representação parlamentar. Deu assim maioria ao PS. O regime eleitoral mantido pelo PS e PSD serviu agora para cidades como Coimbra, Viana do Castelo, Castelo Branco, Beja, Covilhã… só puderem escolher entre três partidos que elegem. O Chega é um deles. Quem criou esta importância para o Chega? Eles! Os dois burros que nos governam desde 1975. Os outros votos serão lixo. A 10 de Março há um momento complexo que pode redundar em instabilidade ou em uma definição clara do caminho. Os portugueses vão escolher independentemente dos bugalhos. Mas forçados por uma ausência da reforma eleitoral que já devia ter acontecido e que agora mata as opções mais pequenas.
Os corpos de polícia estão revoltados com as medidas sem transversalidade e sem coerência que surgiram para a PJ. Não esquecem que polícia morto a cumprir o seu dever vale muito menos que outras indemnizações sem coerência com a jurisprudência do país.
Polícia atropelado tem menos moldura penal que atropelo de gato. Jovem de 16 anos pode escolher sexo e não pode conduzir camião ou votar… A estupidez e a ilógica têm consequências!!!
Governar uma casa tem de ter critérios lógicos, coerentes, pratos iguais para todos, regras semelhantes.
Diogo Cabrita é médico
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