A decência, mais do que a inteligência, é a maior qualidade do ser humano. Na verdade, É esta, porventura, a qualidade que nos torna humanos, para além dos genes.
Acredito não haver estudos sobre esta matéria, até por o conceito de decência se equivale à dificuldade de Santo Agostinho definir tempo, mas todos nós sabemos identificar a indecência.
Por exemplo, a indecência dos políticos e de muita comunicação social, e ainda de muitas organizações (‘sequestradas’) de base científica e de peritos, que manipularam uma crise sanitária – e, muito provavelmente, até a sua origem –, de sorte a criarem uma onda de pânico e de emoção que, por sua vez, incrementaram uma crise assistencial e socioeconómica, que também causaram muitas mortes.
A indecência de políticos, jornalistas, organismos internacionais e até muitos peritos que impuseram, sem qualquer base científica, um conjunto de regras e medidas, amiúde inconstitucionais, e a mais das vezes ineficazes, apenas pelo simples ‘prazer’ de ostentar poder e mostrarem uma hipócrita preocupação por terceiros.
A indecência de ocultarem e manipularem informação, de modo a criarem a ideia de que um conjunto de fármacos (antivirais e vacinas), sem suficiente tempo de testagem, era a única ‘salvação’, e a eficaz e segurança dogmaticamente inquestionáveis.
A indecência de perseguirem quem, porventura, mesmo com argumentos válidos, questionasse as medidas populistas e de atrozes efeitos nefastos (e.g., adiamentos de diagnósticos e de cirurgias programadas, e necessárias) e os fármacos que constituíram um filão inimaginável a certas farmacêuticas.
A indecência de, onanisticamente, se elogiarem mutuamente, se premiarem até com prémios de ética e bioética, se alcandorarem a cargos políticos e afins, aproveitando-se da manipulação.
A indecência de, durante anos, bloquear um debate científico, aberto à discussão, sem tabus nem limites que não seja a vitória da verdade, que deve estar sempre disponível a ser continuamente colocada à prova.
A indecência de negar, nem que fosse por mera hipótese académica, talvez as vacinas não sejam assim tão seguras nem tão eficazes; que a imunidade natural confere uma melhor protecção contra a doença, e que foi um erro colossal vacinar jovens saudáveis.
A indecência de colocar em cima da mesa, como única e dogmática hipótese, as quiméricas sequelas da covid-19 como causa do excesso de mortalidade, excluindo as vacinas.
Por tudo isto, a notícia que hoje o PÁGINA UM publicou, dando eco a um artigo cientifico sobre o excesso de mortalidade do triénio 2020-2022 estar associado também às vacinas contra a covid-19, é um sinal de esperança na decência humana – e na decência dos cientistas, que devem mostrar-se humanos não apenas pela sua inteligência e rigor mas também através da decência.
No fim do artigo, depois de apresentarem os as análises e discussão, os quatro holandeses – Saskia Mostert, Marcel Hoogland, Minke Huibers e Gertjan Kaspers – lançam um apelo às consciências: “A mortalidade excessiva permaneceu alta no Mundo Ocidental durante três anos consecutivos, apesar da implementação de medidas de contenção da covid-19 e das vacinas contra a covid-19. Isto não tem precedentes e levanta sérias preocupações. Durante a pandemia, foi enfatizado diariamente por políticos e pelos media que cada morte por covid-19 importava e que cada vida merecia proteção através das medidas de contenção e das vacinas contra a covid-19. No rescaldo da pandemia, a mesma moral deve ser aplicada. Cada morte precisa ser reconhecida e contabilizada, independentemente da sua origem. A transparência em relação aos possíveis factores letais é necessária. Os dados específicos sobre a mortalidade por causa precisam ser disponibilizados para permitir análises mais detalhadas, directas e robustas para determinar os contribuintes subjacentes. E exames post-mortem precisam ser facilitados para determinar a causa exacta da morte. Os líderes governamentais e os formuladores de políticas públicas precisam de investigar minuciosamente as causas subjacentes da mortalidade excessiva persistente e avaliar as suas políticas perante crises sanitárias”.
Esta é, acreditem, uma peça de decência da Ciência, mas que ainda não ainda paralelo no mundo dos media, que continuam em negação sobre o que se fez durante a pandemia – com a ajuda de jornalistas e direcções dos media. A decência ainda vai demorar a chegar ao Jornalismo, tanto assim que, de entre a imprensa internacional, até agora o único jornal de relevância a noticiar este artigo científico foi o The Telegraph, esta tarde.
Que seja. Por mais críticas que façam ao PÁGINA UM, e a mim, continuarei o caminho em prol da decência: por isso mesmo, temos lutado nos tribunais administrativos, para serem satisfeitos os pedidos de acesso às bases de dados sobre mortalidade (SICO), sobre os internamentos hospitalares (Grupos de Diagnóstico Homogéneos), sobre as mortes em lares durante a pandemia, sobre os contágios em hospitais, sobre as reacções adversas das vacinas e sobre os contratos de compra. Muitos destas casos correm nos tribunais há mais de ano e meio, o que só se justifica pela indecência reinante.
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