Título
Relacionamentos amorosos
Autor
MARIA GORJÃO HENRIQUES
Editora
Albatroz (Outubro de 2024)
Cotação
13/20
Recensão
Viver relacionamentos mais autênticos. Esta é a principal proposta deste livro de Maria Gorjão Henriques, terapeuta, professora e facilitadora de 'consciência sistémica'. Assim, a autora propõe ao leitor que tome consciência de que pode não estar a ser autêntico nos seus relacionamentos por trazer consigo as histórias e traumas familiares. Em simultâneo, propõe que o leitor se liberte dessas amarras que o impedem de ser ele próprio nos relacionamentos.
O livro sugere um caminho de auto-descoberta e de abertura de consciência. Saliente-se que se trata de uma obra que se segue a uma outra da autora: 'O despertar da consciência com as constelações familiares' (Albatroz, 2023).
A autora estruturou o livro em 10 capítulos, incluindo um sobre 'Uma visão sistémica sobre a importância sistémica da família de origem' e outro sobre 'Os arquétipos masculino e feminino' e termina com o capítulo sobre 'O relacionamento amoroso enquanto caminho para a nossa evolução espiritual'. Também incluiu no livro algumas propostas de exercícios, bem como páginas com frases como: "o que pensas crias, o que sentes atrais".
No fundo, a proposta do livro é que o leitor faça todo um percurso de se descobrir a si próprio, quem é o que o move nos relacionamentos, se são crenças familiares e comportamentos aprendidos e traumas vividos ou se vive os relacionamentos de forma autêntica, estando presente na sua essência.
No livro também são abordadas temáticas sobre as dinâmicas pragmáticas que podem existir em relacionamentos amorosos e de como se pode ter relacionamentos harmoniosos, sublinhando-se, por exemplo, a importância de haver um equilíbrio entre o dar e o receber.
A autora pretende, sobretudo, transmitir boas práticas com base na permissa de que "não existem relacionamentos perfeitos, mas podem existir bons relacionamentos". Sempre num contexto de uma existência espiritual, em que existe uma conexão do leitor consigo mesmo e que está 'presente' na vida, incluindo nos relacionamentos, não espelhando no outro os traumas e 'heranças' familiares, mas consciente e desperto.