Estátua da Liberdade

A direita, a nossa, é uma risota, e das hilárias

Statue of Liberty in New York City under blue and white skies

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Há dias, um dos mais conhecidos líderes da nossa “direita”, presentemente a liderar a Câmara Municipal de Lisboa (CML), publicou um vídeo nas redes sociais, obviamente pago com o nosso bolso, onde lançava encómios à sua gestão e desejava aos lisboetas um feliz 2024.

A produção começa com a câmara a segui-lo, a caminho da escadaria interior do edifício da CML; surge-nos de camisa branca, de mangas arregaçadas, a dar um ar que trabalha muito e se esforça pelo povo; depois de subir, em passo acelerado, dirige-se ao seu gabinete na CML. Ao entrar, aproxima-se de um móvel com várias fotografias e começa a pegar em cada uma, como se contemplasse imagens de várias figuras da sua família de há muitos anos.

No vídeo, cada uma corresponde a uma “façanha gloriosa” do seu mandato à frente da CML, onde podemos ficar a conhecer que “deu” 1.500 novas casas, possibilitou “gratuitamente” transportes públicos a mais de 90 mil pessoas, “brindou” 12 mil planos de saúde, “pagou-nos” o início das obras de drenagem para resolver o problema das “alterações climáticas” que assolam Lisboa de tempos a tempos e, pasme-se, fechou a Rua da Prata ao trânsito para, novamente, “combater as alterações climáticas”.

A coisa termina com um cumprimento em forma de abraço ao Papa progressista e promotor das inoculações experimentais, que há meses nos “oferecera” uma festa de arromba em Lisboa. Enfim, temos de parabenizar a excelente obra de propaganda, que certamente envergonharia a cineasta preferida de Hitler, Leni Riefenstahl. Definitivamente, um megalómano narcisista que nos regala prendas que nós pagamos.

Para a “direita”, aparentemente o dinheiro da plebe é inesgotável. Tem de suportar a toda a hora um clima natalício e promover uma agenda globalista: as próximas pandemias, as cidades de 15 minutos, o Papa de “todos”, a inclusividade.

Para não ficar atrás, recentemente, ficámos a conhecer que o líder do partido da anterior personagem beneficiou de IVA a 6% na construção da sua luxuosa vivenda em Espinho, disfarçada de reabilitação urbana. Para o poleá: IVA a 23%; para a casta parasitária, há sempre um amigo nas Câmaras, na Autoridade Tributária ou num ministério que os exime do assalto, enquanto a ralé come e cala.

O “líder” da “direita” também é um homem de braços abertos à imigração: segundo ele, existe “uma lacuna de população” que deve ser coberta por uma horda de imigrantes que nos pode ajudar; aos portugueses, está reservado o papel de os acolher, atrair e integrar – só falta o frapê e a farda para cada português.

Todo um contrário para os imigrantes; para estes, não existe qualquer exigência, como por exemplo: contrato de trabalho válido, caução na entrada para pagar a eventual viagem de repatriamento, seguro de responsabilidade civil, garantia de que o empregador o acomoda em casa regularizada e não sobrelotada. Mas para o “líder” da direita é tudo facilidades com o dinheiro dos outros, pois ele não vai para a fila de espera dos hospitais sobrelotados.

No Parlamento Europeu, temos outro dos figurões do mesmo partido. Há semanas era vê-lo a realizar um discurso laudatório à nossa amada e grande líder, Ursula von der Leyen, eleita ao melhor estilo de uma ditadura comunista. Para este homem de “direita”, a liderança da senhora foi e é extraordinária!, com destaque para a putativa pandemia e a guerra na Ucrânia.

Será que o personagem estará ao corrente da investigação do Tribunal de Contas europeu à compra multimilionária das inoculações experimentais, negociada pela Comissão Europeia liderada pela senhora? Ou alguma vez pensou nos valores democráticos do Sr. Zelensky? Um líder que impede a liberdade religiosa no seu país, que encerra partidos políticos que se lhe opõem e que nacionaliza canais de televisão desagradáveis à sua liderança.

Nada disto espanta no Partido Socialista Dois, que dizem liderar a “direita; ou já se esqueceram que há meses andavam de mão dada com o Partido Socialista Um na revisão constitucional ilegal – durante a campanha eleitoral anterior nunca a discutiram, nem tão pouco a apresentaram; certamente que o embuste se repetirá nos meses que se avizinham.

O que visavam os dois mais importantes partidos socialistas? Autorizar um mero funcionário administrativo a decretar a prisão domiciliária de um cidadão em contexto de uma putativa pandemia; ou a vigiar as nossas comunicações (e-mail, telefone…) durante 24 horas, eliminando por completo a nossa privacidade, a pretexto do “combate ao terrorismo”. O principal partido de “direita” parece seguir as famosas palavras de Mussolini: “Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado”.

Depois temos o partido dos “liberais”, onde aparentemente os seus líderes não conhecem os valores do liberalismo. Um dos seus principais dirigentes, que em tempos foi o número um do partido, numa recente entrevista soltou umas pérolas acerca das suas convicções: é a favor do aborto; segundo ele, ninguém deve ser proscrito de ser liberal por defender três escalões de IRS, em lugar de apenas dois! Até onde vai a tolerância: 5 escalões de IRS?

Eu julgava que existiam três valores essenciais nestas cabecinhas: vida, propriedade privada e liberdade. Nada disso, para os liberais portugueses um ser humano no ventre de uma mulher pode ser livremente assassinado e o confisco de propriedade privada dos cidadãos é um direito que assiste ao magnânimo Estado. Mas eles são bonzinhos, permitem que este roube apenas um “bocadinho”.

Os “liberais” da nossa praça são uma espécie de Bloco de Esquerda, mas que pede “impostos suaves”. No entanto, não abriram a boca sobre o esmagamento dos agricultores holandeses pelo seu colega “liberal” Mark Rutte; não se insurgiram contra o certificado nazi, que segregava cidadãos; apoiaram com todo o vigor as inoculações experimentais; aceitaram e aceitam que as preferências sexuais de cada indivíduo sejam usadas como arma política, incluindo o passeio com bandeirinhas.

Dá vontade de perguntar aos liberais: as pessoas devem ser reconhecidas por serem bons engenheiros, bons professores, bons matemáticos, bons desportistas ou pelas suas preferências sexuais? Que direitos solicitam para estes movimentos, para além dos que já estão plasmados na Constituição da República Portuguesa (CRP)? Essas minorias discriminadas no emprego, no acesso a locais públicos, como foram os não vacinados?

Atentemos ao que recentemente fizeram: uma purga interna, ao melhor estilo estalinista, retirando uma deputada de um lugar elegível para as próximas eleições, simplesmente porque ousou candidatar-se à liderança, obtendo 46% dos votos! Enfim, salva-se a sua oposição ao resgate da bancarroteira nacional, mais conhecida por TAP.

Por fim, o partido dos ciganos, aquele que no início de 2020 propunha alterar a CRP para permitir que fossem “internados compulsivamente todos os cidadãos que apresentassem sintomas de coronavírus mas se recusassem a fazer quarentena”. Ou seja: privação de liberdade sem decisão judicial, bastando haver a suspeita para a prisão domiciliária. A putativa pandemia teve uma única vantagem: revelar que estamos rodeados de milhares de aspirantes a ditadores.

empty chair

Importa também recordar o episódio da devolução dos 125 Euros aos portugueses, umas migalhas de um roubo de 106 mil milhões de Euros, em que o partido dos ciganos defendia o seguinte: “Os 125 euros não podem ser gastos em whisky, tabaco e drogas”. Também podíamos acrescentar prostitutas e vinho verde. Esta gente acha-se no direito de se meter em todos os aspectos da nossa vida.

O que dizer das suas propostas de aumento vertiginoso de despesa pública, sem nunca nos explicarem de onde vem o dinheiro: cortes em outras despesas ou mais assaltos ao nosso bolso? É um partido que continua a propor medidas para agravar expressivamente a fraude do Estado Social, um colossal esquema piramidal e uma gigantesca fonte de conflitos entre gerações. Recordemo-nos que hoje os idosos pedem que o Estado confisque os activos para garantir os seus rendimentos, ou seja, estão nas mãos de demagogos, mentirosos e oportunistas. Caso tivessem descontado para um porquinho mealheiro, em lugar de um esquema fraudulento e falido, não estaríamos sujeitos a esta demagogia barata.

Nesta desgraça, salva-se a deputada Rita Matias, uma verdadeira opositora da Agenda 2030, ao contrário da esmagadora maioria de toda a “direita” e provavelmente de quase todos os colegas de partido.

Com esta “direita”, quem precisa de um “neto de sapateiro” para nos espoliar, humilhar e desrespeitar?

Luís Gomes é gestor (Faculdade de Economia de Coimbra) e empresário


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