Estátua da Liberdade

Chega, esse (também) partido socialista

Statue of Liberty in New York City under blue and white skies

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Segundo nos informam os órgãos de propaganda, este fim-de-semana teve lugar a Convenção Nacional do terrível partido de “extrema-direita”: o Chega. Não dei assim tanto por isso, pois não vejo televisão, mas acabo por ter acesso às propostas mirabolantes que dali saem via redes sociais, em particular da rede X, onde nos últimos tempos a “censura em nome do bem-comum” já não tem lugar.

Vamos lá ver então aquilo que propõe o partido da “verdadeira direita”?

Primeiro, redireccionar 400 milhões de Euros para “um fundo de apoio às forças de segurança e aos ex-combatentes” em lugar de utilizá-los para “promover a igualdade de género”. Não se lhe ocorreu devolver esses fundos às vítimas, vulgo contribuintes, talvez estas saibam melhor que destino dar ao fruto do seu trabalho.

Outra das medidas consiste em “equiparar pensões mais baixas ao salário mínimo em seis anos”, ou seja, as pensões de 200 e 300 Euros seriam incrementadas para os actuais valores do salário mínimo: 820 Euros. Se tivermos em conta que estes pensionistas são aproximadamente 2 milhões de pessoas, estamos a falar de um impacto anual superior a 14 mil milhões de Euros no Orçamento de Estado – um pouco mais do que quatro bancarroteiras nacionais (TAP).

Sabemos que os partidos socialistas do regime (PS e PSD) continuam a confiscar os cidadãos produtivos – talvez por isso muitos, cada vez mais fujam daqui a sete pés – para comprar os votos de uma população cujos rendimentos estão totalmente dependentes de demagogos, salteadores e socialistas. É assim que o principal partido socialista do regime (PS) tem ganho eleições atrás de eleições, manipulando uma população que foi e é vítima de um embuste chamado Estado Social.

Esse partido foi Governo 21 anos desde 1995 (75% do tempo) e tem alimentado um conflito de gerações sem precedentes, abusando de um esquema fraudulento, ao melhor estilo Dona Branca, para se perpetuar no poder com os votos desta população, infelizmente com pouca literacia e facilmente manipulável. Por essa razão, até o segundo partido socialista, o PSD, também promove o esbulho de cidadãos produtivos para comprar o seu voto. Todos o fazem, qual a diferença para o partido da “extrema-direita”?

Não nos esqueçamos que o actual regime socialista vive dos pobres e da sua ignorância, por essa razão tornou-se uma fábrica de excelência na sua produção por forma a perpetuar-se no poder, atirando-nos para o último lugar da literacia financeira na Europa e o sétimo país mais pobre da União Europeia, a caminho de ser o quinto.

A ignorância é monstruosa, em que simples cálculos não são enxergados. Um cidadão que ganhe um miserável salário de 1.000 Euros no sector privado, o seu empregador entrega 347,5 Euros todos os meses à “Segurança Social” – que nem Segura nem é Social. Ora, tendo em conta que os mercados de capitais proporcionaram um retorno médio anual de 7% em termos reais desde 1973 (50 anos), tal significaria que esse cidadão tinha a preços actuais no momento da reforma (43 anos de “descontos”) 1,14 milhões de Euros! Se a sua esperança média de vida é de 15 anos após essa data, estamos a falar de 6.300 Euros/mês – sem o dinheiro aplicado!, apenas levantado esse valor todos os meses.

Esta ignorância dos portugueses é explorada pelo regime socialista: a incapacidade de a população fazer simples contas e compreender o quanto é enxovalhada, humilhada e roubada. Não espanta pois que todos explorem este filão: “melhores pensões para todos”, roubando os mesmos de sempre.

Voltando às medidas do partido da “extrema-direita”, também tivemos o anúncio para mais uma famigerada “taxa sobre os lucros da banca”, ao melhor estilo Mortágua, que também parece que irá dar para pagar um novo aeroporto! Mais uma vez a manipulação socialista: confiscar uma minoria para comprar os votos de uma maioria.

Nunca se lhes ocorre abolir a fraude chamada reservas fraccionadas, alterando o Código Civil, nem tão pouco os Bancos Centrais, os únicos responsáveis pela inflação que vivemos e responsáveis pela redistribuição de riqueza a favor de uma minoria de 1%. O lucro é uma palavra abominável para um socialista, há que combatê-lo a todo o custo. Bom mesmo são os prejuízos, e se forem aos milhares de milhões como foram os da TAP tanto melhor.

Em resumo, tudo aquilo que saiu da convenção do Chega é de ideologia socialista, por isso não se compreende o “perigo da extrema-direita”. A única coisa que resta mesmo é o discurso “racista e xenófobo”, que, analisando bem, talvez seja a única coisa em que tenham razão.

gold and silver round coins

Parece-me evidente que a imigração tem de ter regras, sem nada daí ser racista ou xenófobo: na minha opinião, deve ser exigido um contrato de trabalho válido, o empregador deve assegurar um alojamento não sobrelotado (por condições humanas) e pagar um seguro de responsabilidade civil (para eventuais indemnizações a pagar a vítimas, no caso de roubos ou crimes), enquanto o imigrante deve deixar uma caução à entrada para pagar o seu eventual repatriamento.

Isto não é xenofobia nem racismo, isto é parcialmente exigido por países como a Suíça, Irlanda e Estados Unidos, como bem referiu o líder da “extrema-direita”.

Não se compreende que estas medidas possam ser inconstitucionais, como diz o irmão do grande líder num dos órgãos de propaganda. Aquilo que estamos a alimentar são empresários sem escrúpulos, que contratam pessoas em condições sub-humanas, beneficiando de lucros anormais e não suportando os custos reflectidos sobre toda a sociedade: infra-estruturas sobrelotadas, preços de arrendamento exorbitantes, etc.

É natural que os socialistas sejam favoráveis às fronteiras abertas, e por uma razão: esperam que estes imigrantes tapem o buraco do esquema em pirâmide chamado Estado Social, ou seja, estão em pânico que a população se dê conta do embuste em que vive. Por outro lado, as cenas deploráveis que vemos no Martim Moniz em Lisboa e em outras cidades do país nunca lhes irão bater à porta, pois as escolas dos filhos e sua saúde são privados.

Ficam apenas indignados que os portugueses com um palmo de testa se pirem daqui para simplesmente não serem mais roubados por esta camarilha socialista. Em resumo, e tal como tenho dito várias vezes: todos os partidos da Assembleia da República são socialistas. E nada irá melhorar a partir de 10 de Março; apenas piorar, até aos portugueses, tais como os argentinos, se darem conta que estão completamente falidos por anos e anos de socialismo.

Luís Gomes é gestor (Faculdade de Economia de Coimbra) e empresário


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