As histórias de vida de quem se perdeu. Dos “deportados, desterrados, estrangeiros lá fora como cá, náufragos excomungados de uma tragédia que dá pelo nome de emigração”.
Condenados ao Inferno e a regressar, a viver, numa terra a que não pertencem, com o coração ainda na terra prometida para onde emigraram, no outro lado do Atlântico. Na terra do tio Sam.
Ilha de São Miguel.
Açores.
Lá ao fundo, atrás dos montes verdejantes e das ravinas amanhadas, mesmo diante do mar, fica o povoado rural: Ajuda da Bretanha, a freguesia, como eles dizem por estas paragens.
Rua da Assomada.
O cenário é este: uma encosta, necessariamente campestre e as ruínas do casebre nativo de António Trindade Brum.
É o homem, enrodilhado nas memórias da infância e nos desaires do presente — sabe-se lá… —, que vai ali à frente no carreiro estreito e torto cheio de silvas.
Tony nasceu, aqui, há 62 anos.
— Eu fui nascido naquele quarto ali. E eu quando eu vim para cá, eu acho que tinha 16 anos. Acartei a estátua da Fátima até ao pico lá em cima. E a minha mãe disse-me que eu nasci ali e que andei ali a dormir. E isso foi quando ela me trouxe para trás aqui, quando eu tinha 16 anos, para me meter juízo na cabeça. Mas eu fui para trás para a América e lá não havia muito juízo…
Primeira confissão de um deportado de luto na alma a contas com o desalento, a desesperança ou, tão simplesmente, com o destino que é o seu.
Os paredões, que só são negros por dentro, que o digam… Tony Bruno — é assim que lhe chamam, agora — foi feliz aqui. Foi, mas por pouco tempo…
Em 1960, partiu com os pais, seis irmãs e um irmão para Fall River, Massachusetts, nos Estados Unidos.
— A vida na América é coisas materiais. O mais que a gente tem, melhor. O vizinho pinta a casa… A gente pinta a nossa casa numa cor mais melhor. Eles compram um Cadillac. Eu compro um Lincoln Continental. Era desta maneira que eu vivia lá. Eu sempre queria ter mais. A mulher mais bonita. O carro mais melhor. A casa mais melhor. E é o que é…
— É o American Dream…
— Ya. O American Dream.
— O Sonho Americano…
— O Sonho Americano é bullshit (treta).
— É um pesadelo para si?
— Ya. Isso é um sonho. O sonho que estás a falar é o American Dream. Não há American Dream!
Aos 16, furtou um carro: um mês de cadeia.
100 acusações e 7 anos de prisão mais tarde foi expulso. Foi deportado para os Açores.
— Eu fiz coisas que não devia ter feito, mas eu fui para a cadeia e paguei o meu tempo.
Hoje, vegeta, roído de solidão, na miséria.
A exclusão é uma realidade. E a crença ou a fé no regresso (improvável) mais um castigo, redentor ou nem por isso…
Ponta Delgada.
Mais uma manhã como as outras no refúgio que dá pelo nome de centro de acolhimento da Associação de inclusão social Novo Dia.
A renovação dos corpos e das mentes (para algumas mulheres, deportadas, prostitutas, drogadas, vítimas de violência e das misérias) passa por aqui.
Maria João Tavares que o diga…
— Eu vou pagar para o resto da vida porque eu não vou estar ao pé da minha família.
Como Tony Brum há muitos mais: deportados, desterrados, estrangeiros lá fora como cá, náufragos excomungados de uma tragédia que dá pelo nome de emigração.
— Ya. Eles chamam a isto aqui The Rock (alusão à antiga prisão da ilha de Alcatraz, na Califórnia).
— O meu país, para mim, é os Estados Unidos, a América porque eu fui criada foi lá. Eu, aqui, na escola só fui até à terceira classe. Nem a quarta classe eu tive aqui. Fui para lá, estudei e casei-me e tudo. Fiz família. Fiz a minha vida toda lá.
Foi para os Estados Unidos com os pais e um irmão quando tinha 10 anos. Estudou até aos 15. Casou com 16. Foi deportada no dia 21 de Setembro de 2004.
— Eu estou pagando pelo meu crime para o resto da minha vida, está percebendo? Por causa que… o que eu… o que custa mais a entender é o gelo no coração daquelas pessoas para separarem famílias: mães, filhos… Filhos que não ver a sua mãe mais. Vão crescer sem ter a mãe, vão-se casar sem ter a mãe, vão morrer, não têm a mãe. A mãe morre aqui, ou o pai, mãe ou o pai vão morrer aqui e não têm a família ao lado deles. Como eu. Não sou eu, mas muitos que já morreram e foram repatriados — não estou falando só de mim, estou falando de muitos mais. Eu acho que isso é uma injustiça o que eles fazem. A gente fazemos o crime lá fora, paga-se. E é a pessoa ir para a frente com a sua vida.
— Mas não se paga…
— Mas não se paga. A gente paga lá e depois paga aqui o resto do tempo.
A confissão lancinante e corajosa merece tanto mais respeito que Maria João Tavares não se conforma.
— Eu nunca voltei para Portugal desde que eu fui para a América. Com 10 anos nunca voltei. 36 anos depois sou uma estrangeira no meu país. Na minha terra natural…
Desenraizada, longe do mundo que é o seu e da sua gente, condenada a esta outra masmorra, que dá pelo nome de insularidade, não arreda do espírito o hipotético regresso à América. E luta por isso…
— Eu fui deportada por causa de droga. Por causa que eu fui apanhada com um quilo de cocaína naquela altura. Eu comecei a consumir. Depois, eu tornei-me em traficante. Por muitos anos estava tudo na boa. Depois, pronto, aconteceu, que eu fui apanhada. Estive na cadeia três anos, lá fora.
Deixou em Rhode Island três filhos e quatro netos. E as mazelas de um passado que teima em assombrar o seu quotidiano. Clamorosamente…
— Mas muitos perdem a esperança, sem sombra de dúvida. E voltam a recair, seja nas substâncias, voltam… deprimem, perturbações de adaptação. É muito complicado. A réstea de um regresso é quase impossível… — diz a psicóloga Sónia Pereira.
A Associação Novo Dia faz o que pode. Faltam apoios apesar de a exclusão, a miséria e a criminalidade constituírem, sobretudo, um problema em São Miguel.
— Essas pessoas vêm completamente desenraizadas. Este acontecimento da deportação é traumático, afecta profundamente a vida delas e a sua identidade. Dificilmente ou impossivelmente conseguem-se recuperar porque deixam a família, as suas referências, as suas pessoas significativas lá. Vêm para cá para uma cultura que eles não reconhecem como sua, apesar de serem portugueses. Não dominam a língua, os valores, os hábitos, todas as práticas culturais. Facilmente são discriminados pelas outras pessoas porque não são iguais aos de cá e não se sentem iguais, também não se sentem mais americanos. Digamos que são pessoas que estão presas ao passado e muito dificilmente sonham já com um futuro. São pessoas que estão quase mortas por dentro, muitas delas. — explica Paulo Fontes da Associação Novo Dia.
Cadeia da Boa Nova, Ponta Delgada.
José Eduardo Pacheco.
50 anos. Natural de Vila Franca do Campo, São Miguel. Foi para Providence, Rhode Island, em 1967.
Tinha 9 meses.
No estabelecimento prisional de Ponta Delgada há, hoje, 200 reclusos. 18 são deportados, sobretudo dos Estados Unidos. Por outros números: 14 condenados e 4 preventivos.
Mais um testemunho triste e previsível. Em inglês!
— Isto é o Rochedo (The Rock, o nome que davam à penitenciária de Alcatraz). Para mim é como se fosse o Rochedo. Não conheço ninguém aqui. Não conheço nada aqui. Nem sequer me lembro onde vivia quando parti de São Miguel. St. Michaels…
Eduardo Carreiro. 49 anos. Divorciado, quatro filhos. Foi deportado em 2008.
Uma desgraça nunca vem só. Seis anos mais tarde foi condenado a uma pena de prisão nos Açores, designadamente, por tráfico de estupefacientes: cocaína e heroína, recebidas de Lisboa.
— O que é que custa…
— Mais…
— É não ter a família ao meu lado. Ninguém com quem falar para desabafar. Para se rir. Para brincar.
— Na vida na América não faltava nada. Trabalhava, tinha tudo o que queria. Tinha tudo o que queria. Tinha sempre coisas para fazer. Eu gostava muito de sair com os meus pequenos. A mulher, eu chamo-a mulher, ela ia para o bingo. Ela gostava de fazer bingo. E eu tinha o dia com os meus pequenos. Os meus dias — quarta e sábado — era para mim a noite para vender (droga), mas o Domingo e a terça era para eu estar com os pequenos. Ficava em casa ou levava-os ao restaurante Chuck E. Cheese’s. É uma coisa para os pequenos e eles gostam muito de ir lá. Aquelas coisas das bolas… Eu estava sempre com os meus pequenos.
Em 2001, foi deportado por tráfico de cocaína. A companheira e os filhos ficaram nos Estados Unidos.
— Eu não gostei nada de vir para cá. Quando cheguei cá, eu não percebia nada daquilo. Isto é uma ilha. Comparada com aquele país de onde eu vim, é uma vergonha. Aqui não há nada. Isto é um pedaço pequenino. Vês a ilha toda em duas ou três horas. Vês a ilha toda…
José Eduardo Pacheco foi, entretanto, condenado em Portugal a seis anos e cinco meses de cadeia por tráfico. Tinha quatro gramas de “castanha” e três de “branca” em casa.
A maioria dos deportados presos comete, em Portugal, crimes mais graves do que aqueles que motivaram a sua expulsão.
A crença num futuro menos sombrio é uma constante.
E todos ou quase sonham com a liberdade e com a fantasia confusa do regresso.
Arrifes. Concelho de Ponta Delgada.
Terra de agricultores e de emigrantes.
Carlos Correia. Nasceu na Travessa dos Milagres.
Tinha 12 anos quando abalou com os pais e os irmãos para a América.
Aos 16, meteu-se no haxixe.
Aos 18, na cocaína.
Depois, enveredou pelo crack. E a criminalidade.
Cumpriu 14 anos de prisão. Foi deportado em 2009. Já não vinha aos Açores há mais de 30 longos anos…
— É só andar nas ruas por aí… sem destino. A parte mais difícil é acordar de manhã. E já pensei no suicídio muitas vezes. Pensei no suicídio muitas vezes. Acordo todos os dias de manhã e é sempre a mesma coisa. É sempre a mesma coisa e eu não quero levar esta vida assim.
Perdeu um filho — por causa da droga. Tentou suicidar-se.
Agora, sobrevive (desvinculado de tudo e todos) com os cento e tal euros mensais que o Estado português lhe dá.
— Eu vou para um quarto agora. Eu vou para um quarto no fim desse mês. Eu vou pagar 60 euros da minha algibeira. E fico com 120 euros para comer durante todo um mês. Não dá! Não dá para sobreviver. Eu passei fome. Eu passei fome. Muita fome que eu passei. Não tinha comida nenhuma.
Há dias em que passa fome, mas… mas o pior ainda é o desassossego. Absurdo ou não, como, por vezes, a própria vida.
A Universidade dos Açores estudou o fenómeno da repatriação — da deportação.
E faz sentido: os açorianos são a maioria.
Entre 1987, ano da primeira deportação — um homem de São Miguel — e hoje, 1316 pessoas naturais do arquipélago foram expulsas dos Estados Unidos, Canadá e Bermudas.
Inquirimos Álvaro Borralho, um sociólogo da Universidade dos Açores.
— É, sobretudo, homem. Tem uma idade entre os 25 e os 45, 50 anos. Vem de um meio social algo desfavorecido. Tem uma escolaridade baixa. Tem um emprego precário. Empregos que muitas das vezes se sucederam uns aos outros sem grande estabilidade laboral. Vêm de áreas urbanas muito grandes, seja da costa Leste, seja da costa Oeste. Estão ligados a áreas urbanas. Estão no fundo ligados aquilo que foram os destinos principais da emigração açoriana que se fez a partir da década de 50.
1.316 emigrantes naturais do arquipélago foram expulsos dos EUA, Canadá e Bermudas.
— Nalguns casos estes crimes foram cometidos muitos anos antes e foram aplicadas as penas retroactivamente sobre eles, quando eles já estavam perfeitamente integrados na sociedade norte-americana. Vêm sem empregos, em alguns casos as famílias não os acolhem ou acolhem muito dificilmente. Por outro lado, na sociedade açoriana também encontramos um choque e uma certa resistência à sua integração. É evidente que esse choque e essa resistência já foi maior. Hoje, há uma abertura mais facilitada mas o que é facto é que acaba por haver esse anátema de que cometeram crimes. — acrescenta o sociólogo.
Os dados do Relatório anual de Segurança Interna são terminantes.
Em 2015, foram deportados 25 portugueses (dos quais 22 são açorianos).
No ano passado, 51.
Os que se sabe… porque pediram apoio.
Lagoa das Furnas. Leste da ilha de São Miguel.
É a terra das fumarolas, das nascentes termais e do cozido — e é ainda a freguesia materna de José Costa.
Imagem deslumbrante. E, por isso mesmo, equívoca…
O nosso homem nasceu há 54 anos num dos recantos do povoado.
Tinha 7 anos quando foi parar à América.
Deu largas à juventude.
Foi tropa — 11 anos. Foi pedreiro. Casou. Descasou. Tem três filhos de uma faialense e um de uma cidadã americana.
Em Dezembro de 2014 foi deportado por causa de uma história de saias e de transgressões quixotescas (ou coisa que valha!): para iludir o (des)amor, deu-lhe para ameaçar a companheira.
Há 45 anos que não pisava o solo da terra natal…
— O meu país é a América. Foi onde eu fui criado, basicamente, e onde vivi quase 50 anos. Eu não quero voltar para trás. O meu país e a minha vida é aqui, mas eu tenho uma grande mágoa de ser deportado para aqui. Tudo o que eles me fizeram… Eu dei a minha vida por um país que não foi onde eu nasci.
O passado militar (11 anos no Exército norte-americano) contrasta definitivamente com as agruras do presente. A pobreza. E a solidão. E o sentimento de injustiça.
— A maneira como aqui em São Miguel olham para as pessoas como eu que foram deportadas… Apesar de termos vivido nos Estados Unidos é como se a gente fosse um negro. Como a gente… fosse lixo. Não analisam as pessoas para as capacidades que elas têm. Fazem de nós… não valemos nada. Nós somos filhos de gente portuguesa, gente açoriana e eu estou aqui. Às vezes, quero educar alguns que não têm compreensão nenhuma. E isso é o que faz irritar, fico irritado e fico um pouco mal disposto com a disposição das pessoas que dizem que nós somos repatriados. Nós não somos repatriados. Nós somos açorianos filhos da mesma Pátria que eles são.
Partimos para Sul à descoberta de outra história. Outras raízes e mais desgraças, porque é aquilo de que a gente nunca esquece…
O sol rompe a penumbra do horizonte.
São 25 minutos de viagem. O nosso destino fica a oitenta e um quilómetros — umas 43 milhas náuticas.
Sara Sebag. 49 anos. Solteira.
Entrevista na placa do aeroporto.
— Há quantos anos é que não vinha aqui?
— Há 46 anos quase…
— E qual é a sensação?
— É uma sensação muito boa.
Santa Maria.
É a ilha mais a Sul e mais a Oriente do arquipélago. Primeira a ser descoberta e primeira a ser povoada.
Vila do Porto foi, aliás, a primeira localidade dos Açores a receber (no século XV) o foral de vila.
Sara Sebag nasceu aqui. É a terra da mãe, Maria Ferreira. Foi locutora do Rádio Clube Asas do Atlântico.
O pai, José Sebag, poeta do surrealismo português e jornalista, era do Faial.
— Eu penso muito nas pessoas que estão vivas e nas que já faleceram. penso muito na minha mãe e no meu pai. E que eles gostavam… gostavam de ver-me melhor na vida. Também penso nos meus filhos e na família que eu tenho lá fora.
Aos sete Sara foi para o Canadá. Toronto. Queria ser advogada, mas não passou do 10º ano. Perdeu-se. Em 2000 (com 33 anos), foi deportada para os Açores. Mais uma história de droga.
— Estou presa desde que eu saí do Canadá. Isto para mim é como se estivesse presa. Uma cadeia maior, mas é como se estivesse presa. A solidão é estar presa.
Esta manhã, Sara pisa pela segunda vez esta terra. Quer dar com o lugar de nascença, mas (passado tanto tempo) não é fácil. Já ninguém se lembra da família dela.
Às tantas, vamos parar a um banco.
Sorte ou tenacidade… as coisas ganham, repentinamente, mais significação. E acabamos por ir parar ao número 60 de uma rua sem nome do Bairro de Santa Bárbara.
O tijolo substitui, hoje, a chapa ondulada de antanho (do tempo dos americanos).
Nem todos se queixam das desgraças e da rotina dos dias. Há males que vêm para o bem…
Há excepções…
Lomba da Maia, Ribeira Grande.
Tony Arruda. 47 anos. Foi deportado dos Estados Unidos há 27 por tráfico. Aqui na freguesia chegou a haver 10 como ele… Mas… o ex-emigrante aviltado recusou a segunda prisão (apesar de esta não ter grades!): juntou a coragem à esperança e montou um negócio.
Agora, trabalha por conta própria. É mestre-de-obras e pintor da construção civil. Por descargo de consciência, conseguiu recuperar a boa reputação e a prosperidade de outrora.
— Eu consegui! Estou contente com a vida que tenho. Consegui livrar-me dessas porcarias. Tenho trabalho. Acho que qualquer pessoa pode fazer o mesmo com força de vontade..
Mais paleio para quê?
José Borges.
47 anos. 45 de Canadá. E 20 de prisão.
Com a ambição cega do dinheiro, tudo lhe parecia legítimo, a começar pelo tráfico de estupefacientes e os assaltos. Mais uma entrevista na língua de Shakespeare…
— Escolhi a vida que queria e paguei o preço. Deportaram-me. Fui mandado para cá e… Isto é lindo. Olhe para isto. Isto é lindo, mas o problema é que aqui não há nada para mim. É de loucos! Não há nada para mim.
Ponta Delgada.
Muitos deportados vieram, aqui, parar. Vencidos, renderam-se ao alívio da morte. Ocupam campas anónimas.
Não resistiram à agonia do tempo e à distância. À ruptura. À exclusão. À miséria. À ausência de perspectivas. E à pressão social (estigmatizante) da sociedade açoriana.
Não os acolhemos com respeito e dignidade. Para não falar em afecto. E era o nosso dever ético e moral. Era…
NOTA:
O National Park Service divulga dados factuais sobre a cadeia de Alcatraz [ver AQUI]
Esta reportagem de Rui Araújo, com imagem de Rui Pereira e edição de Miguel Freitas, foi originalmente emitida na TVI, em Abril de 2017. [ver AQUI]
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