Paulo Casaca
"No segundo aniversário da tentativa de assassínio de Alejo Vidal Quadras"

O Ministério da Justiça demarca-se do inquérito psicológico aplicado pela Think About aos candidatos ao curso do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), afirmando não se reconhecer na forma e no conteúdo das perguntas. Alegando a autonomia do CEJ, fica patente o clima de fricção entre Rita Alarcão Júdice e a 'escola de juízes'. Entretanto, a Ordem dos Psicólogos veio defender o método usado pela empresa que aplicou um polémico e intrusivo inquérito — e que resultou em cerca de uma centena de 'chumbos', entretanto revertidos —, omitindo que o gerente da Think About é vogal do seu Conselho Jurisdicional, o órgão de disciplina e deontologia.
Chocado pelo vexame estético das ofensas do director-geral do Benfica contra um árbitro, Brás Cubas propõe um Conservatório Nacional do Vitupério para se ensinar a insultar com arte: ao estilo de Camões, Vieira, Bocage, Eça, Pessoa ou até Lobo Antunes — mas nunca de tasca. E dá exemplos.
Diversos outdoors emblemáticos de Lisboa usados pelo Partido Socialista nas suas mensagens políticas e nas campanhas eleitorais estão agora ocupados pela figura de Gouveia e Melo. Apesar de António José Seguro ter obtido o apoio dos socialistas para a corrida a Belém, o PS não lhe assegurou a continuidade do aluguer dos outdoors ou pelo menos um 'direito de preferência' para os ocupar.
Luís Gomes escreve sobre o novo delírio económico: o INE revela uma subida de 17,2% no preço das habitações, e o Público, fiel à sua catequese marxista, explica o absurdo com fé e sem Economia.
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Geralmente sorridente nas fotografias, o presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), André Trindade — uma escolha pessoal da ministra Ana Paula Martins — viu o Tribunal Administrativo de Lisboa condená-lo, bem como os restantes três membros do conselho directivo, a uma multa diária de 70 euros até à entrega ao PÁGINA UM de uma base de dados dos internamentos hospitalares. O processo, iniciado em 2022, atravessou três ministros e inclui episódios insólitos.
A Think About, a empresa do psicólogo e comentador da SIC Mauro Paulino – escolhida em circunstâncias nada claras pela direcção do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) – falhou em nove de cada dez reprovações que aplicou nos testes psicológicos aos candidatos ao curso de juízes e magistrados do Ministério Público. Somente uma segunda avaliação independente desfez a 'razia', reduzindo de cerca de 100 para apenas oito os excluídos.
Mais do que um marco editorial, é um gesto de afecto. Brás Cubas — a célebre personagem de Machado de Assis — analisou, com mordacidade e sátira, a política e a sociedade portuguesas do século XXI. Cerca de cinquenta dessas crónicas, revistas e editadas, deram forma à obra 'Correio Mercantil de Brás Cubas', agora à venda. Conheça uma amostra no interior e compre na loja do PÁGINA UM. A segunda temporada está em curso.
Elisabete Tavares escreve sobre o 'tóxico' que contamina o debate político e público em Portugal: a SPV.
O PÁGINA UM revela, na íntegra, o polémico inquérito psicológico aplicado pelo Centro de Estudos Judiciários aos candidatos a juízes e magistrados do Ministério Público — um questionário com perguntas absurdas e potencialmente discriminatórias. Entretanto, a editora Hogrefe, que afirma deter licença exclusiva do teste PAI, adaptado pelo gerente da Think About, pressionou o PÁGINA UM para não revelar o inquérito, dizendo não corresponder ao usado, mas não mostra o oficial.
Arthur Maximus relembra o ciclo do açúcar, narrando como a prosperidade do Brasil colonial nasceu do engenho e da dor — do ouro branco das plantações de cana ao sangue negro derramado nas senzalas, cujos ecos ainda ressoam nas favelas de hoje.
Está em marcha o primeiro passo para a MediaforEurope, da família Berlusconi, tomar o controlo da dona da SIC e do Expresso. Mas para se concretizar a entrada da MFE no capital da Impresa, há que convencer o polícia da Bolsa, CMVM, a não exigir que seja lançada uma oferta pública de aquisição. Também o regulador dos media terá de ser informado sobre o futuro acordo parassocial entre as partes. A SIC está perto de falar em italiano.
Há 110 dias, 12 horas, 33 minutos, 14 segundos
que a Global Notícias devia ter as suas contas entregues.
Mas prefere perguntar pelas do PÁGINA UM.
Paulo Casaca

Pedro Almeida Vieira

Pedro Almeida Vieira

Pedro Almeida Vieira

Luís Gomes

Luís Gomes

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) considera que a jornalista Sandra Felgueiras formulou a Gouveia e Melo, candidato à Presidência da República, perguntas “susceptíveis de favorecer juízos estigmatizantes e discriminatórios”. A polémica deliberação reacende o debate sobre o papel da ERC, que, após já ter 'puxado as orelhas' a José Rodrigues dos Santos por duas vezes, volta a intrometer-se no modo como jornalistas conduzem entrevistas.
A ERC vai comunicar ao Ministério Público um crime de desobediência qualificada do gerente da promotora Free Music, Bruno Dias Simões, por ter ignorado uma deliberação vinculativa que obrigava à acreditação do director do PÁGINA UM num evento público. O crime é punível com pena de prisão até dois anos, à qual acresce o crime de obstrução à liberdade de imprensa, punível até um ano de prisão. A atitude do gerente da promotora poderia ter levado à sua detenção imediata.
Na entrevista desta semana a Piers Morgan, Cristiano Ronaldo falou da carreira — já digna do Olimpo, a poucos golos dos mil — e dos negócios que tenta erguer fora dos relvados. Mas se dentro de campo continua a desafiar o tempo, no mundo empresarial o génio madeirense ainda procura o toque de Midas capaz de transformar o seu vasto império em rentabilidade. No ano passado, numa empresa que vale 148 milhões de euros, lucrou 'apenas' 724 mil euros. Um depósito a prazo daria maior rendimento. E há uma suprema ironia: das 29 subsidiárias, a mais lucrativa foi a Medialivre — dona do Correio da Manhã e da CMTV —, que durante anos o perseguiu com escândalos e intrigas.
Os municípios da área do Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra podem considerar-se privilegiados: recebem agora a juíza Telma Nogueira, que em Lisboa conseguiu a proeza de conduzir ao longo de 34 meses um processo de intimação do PÁGINA UM contra o Ministério da Saúde — relativo ao acesso aos contratos das vacinas contra a covid-19 — sem jamais decidir. Produziu 31 despachos, prolongou sucessivos prazos, pediu traduções desnecessárias e expurgos, mas nunca proferiu sentença.
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O Ministério Público arquivou o processo-crime por difamação movido pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, pelo deputado Miguel Guimarães, por Eurico Castro Alves, duas ordens profissionais e pela indústria farmacêutica contra o director do PÁGINA UM. Num despacho de 72 páginas, o MP concluiu que a investigação jornalística sobre a campanha "Todos por Quem Cuida" — que envolveu 1,4 milhões de euros e está pejada de ilegalidades e irregularidades — não cometeu qualquer crime, mas apenas cumpriu o dever de escrutínio público.
A pretexto da reacção de Luís Ribeiro sobre a escrita de artigos noticiosos em cumprimentos de contratos de marketing.
Foi preciso uma sentença, um acórdão e um pedido de aplicação de sanção pecuniária compulsória. O PÁGINA UM revela (e apresenta uma avaliação individual) dos 52 relatórios do Instituto Superior Técnico escondidos durante 32 meses pelo seu presidente, Rogério Colaço.
Um juiz recém-nomeado no Tribunal Administrativo de Lisboa fez uma interpretação temerária da lei ao tentar isentar o Conselho Superior da Magistratura do cumprimento da Lei de Acesso aos Documentos Administrativos. O Tribunal Central Administrativo Sul travou a decisão, lembrando que nem mesmo o órgão máximo da magistratura pode escapar às regras da transparência e do escrutínio público.
O escritor Paulo Moreiras, colaborador do PÁGINA UM nas recensões literárias, venceu o Prémio PEN de Ficção Narrativa com 'A Vida Airada de Dom Perdigote'.
UUm jovem etéreo, entre a inocência e a sedução, encarna o anjo que não morre — apenas cai, suavemente, do olhar de quem o contempla. Um conto de Sílvia Quinteiro.
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Lourenço Cazarré, confesso profano nas lides do futebol, desmonta com ironia o velho mito nacional: o Brasil já não é o país do futebol.
Se há coisa sobre o fado que é controversa, é a sua origem. Sérgio Luís de Carvalho, colaborador pontual do PÁGINA UM, abre o livro sobre esse enigma em 'Lisboa Fadista', cujo primeiro capítulo mostramos em pré-publicação.