Paulo Casaca
"No segundo aniversário da tentativa de assassínio de Alejo Vidal Quadras"

O PÁGINA UM revela hoje como o Centro de Estudos Judiciários (CEJ) ignorou o Código dos Contratos Públicos na escolha da empresa que realizou a primeira avaliação psicológica dos candidatos a magistrados, e mostra como a Ordem dos Psicólogos decidiu seleccionar os peritos da segunda avaliação através de um sorteio que colocou o mérito de lado. Depois disto, poucos estranharão que a Justiça em Portugal ande pelas ruas da amargura; ou, melhor dizendo, por sendeiros esburacados — leia-se, veredas esventradas — por onde apenas passam sendeiros escanzelados — leia-se, cavalgaduras velhas e ruins.
No quinto ensaio, Pedro Almeida Vieira aborda a erosão contemporânea da verdade e analisa como o poder transforma o real em instrumento de controlo social e político.
Arranca já na próxima quinta-feira, dia 20 de Novembro, e já com sete audiências marcadas até Dezembro no Campus da Justiça em Lisboa, o julgamento resultante de duas queixas-crime contra o director do PÁGINA UM: a de Gouveia e Melo, por artigos sobre a 'task force' da vacinação contra a covid-19, e a da Ordem dos Médicos e dos médicos Miguel Guimarães (antigo bastonário e actual deputado social-democrata), Filipe Froes e Luís Varandas, que reclamam 60 mil euros.
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O Ministério da Justiça demarca-se do inquérito psicológico aplicado pela Talking About aos candidatos ao curso do Centro de Estudos Judiciários (CEJ), afirmando não se reconhecer na forma e no conteúdo das perguntas. Alegando a autonomia do CEJ, fica patente o clima de fricção entre Rita Alarcão Júdice e a 'escola de juízes'. Entretanto, a Ordem dos Psicólogos veio defender o método usado pela empresa que aplicou um polémico e intrusivo inquérito — e que resultou em cerca de uma centena de 'chumbos', entretanto revertidos.
Luís Gomes escreve sobre o novo delírio económico: o INE revela uma subida de 17,2% no preço das habitações, e o Público, fiel à sua catequese marxista, explica o absurdo com fé e sem Economia.
Diversos outdoors emblemáticos de Lisboa usados pelo Partido Socialista nas suas mensagens políticas e nas campanhas eleitorais estão agora ocupados pela figura de Gouveia e Melo. Apesar de António José Seguro ter obtido o apoio dos socialistas para a corrida a Belém, o PS não lhe assegurou a continuidade do aluguer dos outdoors ou pelo menos um 'direito de preferência' para os ocupar.
Mais do que um marco editorial, é um gesto de afecto. Brás Cubas — a célebre personagem de Machado de Assis — analisou, com mordacidade e sátira, a política e a sociedade portuguesas do século XXI. Cerca de cinquenta dessas crónicas, revistas e editadas, deram forma à obra 'Correio Mercantil de Brás Cubas', agora à venda. Conheça uma amostra no interior e compre na loja do PÁGINA UM. A segunda temporada está em curso.
Perante as ofensas do director-geral do Benfica, Brás Cubas propõe um Conservatório Nacional do Vitupério, onde se aprenda a insultar com arte. E dá exemplos.
Geralmente sorridente nas fotografias, o presidente da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), André Trindade — uma escolha pessoal da ministra Ana Paula Martins — viu o Tribunal Administrativo de Lisboa condená-lo, bem como os restantes três membros do conselho directivo, a uma multa diária de 70 euros até à entrega ao PÁGINA UM de uma base de dados dos internamentos hospitalares. O processo, iniciado em 2022, atravessou três ministros e inclui episódios insólitos, como as recusas do próprio Trindade em ser notificado. Veremos se manterá o sorriso depois da ameaça de multa.
O Coliseu recuou quatro décadas para uma celebração pop-rock cheia de energia: arranjos mais maduros, refrões intactos e uma demonstração de que há canções que resistem ao tempo com surpreendente vitalidade.
A Think About, a empresa do psicólogo e comentador da SIC Mauro Paulino – escolhida em circunstâncias nada claras pela direcção do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) – falhou em nove de cada dez reprovações que aplicou nos testes psicológicos aos candidatos ao curso de juízes e magistrados do Ministério Público. Somente uma segunda avaliação independente desfez a 'razia', reduzindo de cerca de 100 para apenas oito os excluídos.
Há 112 dias, 3 horas, 30 minutos, 18 segundos
que a Global Notícias devia ter as suas contas entregues.
Mas prefere perguntar pelas do PÁGINA UM.
Paulo Casaca

Elisabete Tavares

Arthur Maximus

Pedro Almeida Vieira

Pedro Almeida Vieira

Pedro Almeida Vieira

O PÁGINA UM revela, na íntegra, o polémico inquérito psicológico aplicado pelo Centro de Estudos Judiciários aos candidatos a juízes e magistrados do Ministério Público — um questionário com perguntas absurdas e potencialmente discriminatórias. Entretanto, a editora Hogrefe, que afirma deter licença exclusiva do teste PAI, adaptado pelo gerente da Think About, pressionou o PÁGINA UM para não revelar o inquérito, dizendo não corresponder ao usado, mas não mostra o oficial.
A ERC vai comunicar ao Ministério Público um crime de desobediência qualificada do gerente da promotora Free Music, Bruno Dias Simões, por ter ignorado uma deliberação vinculativa que obrigava à acreditação do director do PÁGINA UM num evento público. O crime é punível com pena de prisão até dois anos, à qual acresce o crime de obstrução à liberdade de imprensa, punível até um ano de prisão. A atitude do gerente da promotora poderia ter levado à sua detenção imediata.
Na entrevista desta semana a Piers Morgan, Cristiano Ronaldo falou da carreira — já digna do Olimpo, a poucos golos dos mil — e dos negócios que tenta erguer fora dos relvados. Mas se dentro de campo continua a desafiar o tempo, no mundo empresarial o génio madeirense ainda procura o toque de Midas capaz de transformar o seu vasto império em rentabilidade. No ano passado, numa empresa que vale 148 milhões de euros, lucrou 'apenas' 724 mil euros. Um depósito a prazo daria maior rendimento.
Os municípios da área do Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra podem considerar-se privilegiados: recebem agora a juíza Telma Nogueira, que em Lisboa conseguiu a proeza de conduzir ao longo de 34 meses um processo de intimação do PÁGINA UM contra o Ministério da Saúde — relativo ao acesso aos contratos das vacinas contra a covid-19 — sem jamais decidir. Produziu 31 despachos, prolongou sucessivos prazos, pediu traduções desnecessárias e expurgos, mas nunca proferiu sentença.
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O Ministério Público arquivou o processo-crime por difamação movido pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, pelo deputado Miguel Guimarães, por Eurico Castro Alves, duas ordens profissionais e pela indústria farmacêutica contra o director do PÁGINA UM. Num despacho de 72 páginas, o MP concluiu que a investigação jornalística sobre a campanha "Todos por Quem Cuida" — que envolveu 1,4 milhões de euros e está pejada de ilegalidades e irregularidades — não cometeu qualquer crime, mas apenas cumpriu o dever de escrutínio público.
A pretexto da reacção de Luís Ribeiro sobre a escrita de artigos noticiosos em cumprimentos de contratos de marketing.
Foi preciso uma sentença, um acórdão e um pedido de aplicação de sanção pecuniária compulsória. O PÁGINA UM revela (e apresenta uma avaliação individual) dos 52 relatórios do Instituto Superior Técnico escondidos durante 32 meses pelo seu presidente, Rogério Colaço.
Um juiz recém-nomeado no Tribunal Administrativo de Lisboa fez uma interpretação temerária da lei ao tentar isentar o Conselho Superior da Magistratura do cumprimento da Lei de Acesso aos Documentos Administrativos. O Tribunal Central Administrativo Sul travou a decisão, lembrando que nem mesmo o órgão máximo da magistratura pode escapar às regras da transparência e do escrutínio público.
O escritor Paulo Moreiras, colaborador do PÁGINA UM nas recensões literárias, venceu o Prémio PEN de Ficção Narrativa com 'A Vida Airada de Dom Perdigote'.
UUm jovem etéreo, entre a inocência e a sedução, encarna o anjo que não morre — apenas cai, suavemente, do olhar de quem o contempla. Um conto de Sílvia Quinteiro.
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Lourenço Cazarré, confesso profano nas lides do futebol, desmonta com ironia o velho mito nacional: o Brasil já não é o país do futebol.
Se há coisa sobre o fado que é controversa, é a sua origem. Sérgio Luís de Carvalho, colaborador pontual do PÁGINA UM, abre o livro sobre esse enigma em 'Lisboa Fadista', cujo primeiro capítulo mostramos em pré-publicação.