Pedro Almeida Vieira
"Assim, a Justiça no Brasil não tem jeito"

"Há tristes e trágicas ironias do destino que dispensam legendas e moral da história: bastam-se a si próprias, num enredo de que só a realidade é capaz. A composição do Conselho de Administração da Carris é um belo exemplo de como o Estado português, gerido por Governos de quadrantes indistintos, quando decide ser patrão, o faz com aquela fleuma paternalista que nos leva a acreditar que o mérito é uma moeda fora de circulação. Vejamos, neste contexto, quem são os cinco administradores da Carris, a empresa municipal que gere os ascensores históricos de Lisboa. [...]"
Uma onda de desinformação na imprensa e nas redes sociais sobre o jovem conservador assassinado nos Estados Unidos tem vindo a espalhar-se. Charlie Kirk tem sido diabolizado e retratado como sendo um radical ou mesmo um extremista, o que é falso. Frases suas têm sido usadas fora do contexto e também lhe têm sido atribuídas afirmações que não fez. Já o seu alegado assassino está a ser glorificado, sendo descrito como um "jovem anti-fascista", apesar de ter assassinado um jovem cristão devoto, pai de dois filhos, apenas por ter ideias diferentes das suas. Além da desinformação, houve quem tivesse celebrado nas redes sociais o homicídio do jovem conservador, pai de dois filhos, incluindo em Portugal. Os festejos online têm gerado despedimentos, com empregadores a dispensar funcionários pelos vídeos ou publicações publicados online.
A opinião da jornalista Elisabete Tavares sobre como, por vezes, erros se transformam em oportunidade.
O jornalismo independente (só) depende dos leitores.
Não dependemos de grupos económicos nem do Estado. Não fazemos fretes. Fazemos jornalismo para os leitores, mas só sobreviveremos com o seu apoio financeiro.
O contraste é brutal. No Porto, a STCP contratou a MNTC para cuidar dos seus oito eléctricos históricos, impondo 136 tarefas em 13 secções e ensaios técnicos regulares. Em Lisboa, a Carris escolheu também a MNTC, mas concebeu um caderno de encargos minimalista, com verificações a “olhómetro” — e o resultado está à vista com o colapso mortal do Elevador da Glória.
Elisabete Tavares analisa a cobertura noticiosa de dois homicídios nos EUA: o de um jovem conservador, retratado como extremista, e o de uma refugiada ucraniana, alvo de 'blackout' até ser impossível ignorar.
Há 51 dias, 11 horas, 58 minutos, 35 segundos
que a Global Notícias devia ter as suas contas entregues.
Mas prefere perguntar pelas do PÁGINA UM.
Anunciamos o lançamento do primeiro livro com a chancela PÁGINA UM. Mais do que um marco editorial, é um gesto de afecto. Ao longo de mais de um ano, Brás Cubas — a célebre personagem de Machado de Assis — analisou, com mordacidade e sátira, a política e a sociedade portuguesas do século XXI. Cerca de meia centena dessas crónicas, revistas e editadas, dão forma à obra 'Correio Mercantil de Brás Cubas'. Compre já, com direito a autógrafo.
Apesar de beneficiarem de regime especial, os elevadores da Glória, Bica e Lavra estavam sujeitos a regras de segurança rigorosas: qualquer alteração em componentes críticos, como o cabo tractor, exigia projecto, análise de segurança, ensaios e autorização prévia do Instituto da Mobilidade e dos Transportes. Se tal não foi cumprido, o da Glória terá operado sem cobertura legal.
Clara Pinto Correia escreve sobre o embaraço diplomático criado pela participação de Mariana Mortágua na flotilha humanitária rumo a Gaza e expõe a hesitação do Governo português.
A obesidade infantil e adolescente superou pela primeira vez a subnutrição, afectando uma em cada dez crianças no mundo, alerta a UNICEF. O avanço é impulsionado pela substituição de alimentos frescos por comida ultraprocessada e por estratégias agressivas de marketing dirigidas aos mais jovens, que moldam hábitos e aumentam o risco de doenças graves.
Brás Cubas diverte-se, imaginando Marcelo, depois do Bürgerfest, no Oktoberfest. Ou a organizar um Präsidentielles Bifana-Fest em Belém — tudo pago, claro, pelos pobres contribuintes e a indignação de Ventura
Em alguns países começa a questionar-se o ensino através de manuais digitais. Mas em Portugal a realidade é outra: o negócio vai de vento em popa. E, em cada novo ano lectivo, o vencedor é sempre o mesmo: a Porto Editora, que aproveita para vender também computadores portáteis às escolas públicas.
Pedro Almeida Vieira
Elisabete Tavares
Pedro Almeida Vieira
Pedro Almeida Vieira
Os graves erros cirúrgicos cometidos por Pedro Cavaco Henriques, cirurgião do Hospital de Faro, em apenas três meses e que resultaram em lesões graves e riscos de vida para vários doentes, levaram a IGAS a propor apenas 40 dias de suspensão. O PÁGINA UM dissecou em exclusivo o relatório disciplinar, que revela falhas inqualificáveis num médico com mais de 20 anos de prática — e deixa uma pergunta inevitável: porque não foi (ainda) analisado o seu passado?
Francisco Pinto Balsemão, patriarca da Impresa, tem sido alvo de homenagens públicas, mas também de generosos cheques privados: só em salários e complemento de pensão, recebeu 3 milhões de euros na última década. Os filhos Francisco Pedro e Francisco Maria também somam milhões em remunerações, enquanto o grupo afunda-se em prejuízos históricos e perde quase 95% do valor em bolsa.
A pretexto da reacção de Luís Ribeiro sobre a escrita de artigos noticiosos em cumprimentos de contratos de marketing.
O jornalismo independente (só) depende dos leitores.
Não dependemos de grupos económicos nem do Estado. Não fazemos fretes. Fazemos jornalismo para os leitores, mas só sobreviveremos com o seu apoio financeiro.
Foi preciso uma sentença, um acórdão e um pedido de aplicação de sanção pecuniária compulsória. O PÁGINA UM revela (e apresenta uma avaliação individual) dos 52 relatórios do Instituto Superior Técnico escondidos durante 32 meses pelo seu presidente, Rogério Colaço.
São centenas de dados eliminados em actas do Conselho Superior da Magistratura, segundo critérios incompreensíveis, usando, em muitos casos, o célebre 'XXX'. Nomes de juízes castigados, com más classificações ou com processos em atraso, são expurgados.
Um conto do escritor brasileiro Lourenço Cazarré, sempre aos domingos, quinzenalmente.
Um curto conto de Sílvia Quinteiro sobre Fortunato, o mais acabado malandro, que nada aprendeu, nem com a própria queda.
O jornalismo independente (só) depende dos leitores.
Não dependemos de grupos económicos nem do Estado. Não fazemos fretes. Fazemos jornalismo para os leitores, mas só sobreviveremos com o seu apoio financeiro.
Um retrato hilariante e melancólico de juventude em linha directa com o engano, pela pena de Paulo Vero.
Um conto do escritor brasileiro Lourenço Cazarré, sempre aos domingos, quinzenalmente.